Jurista e ex-deputado do Parlamento, Jafar Gulamo Jafar
Dezassete anos após a guerra terminar no país, os moçambicanos não devem tolerar que haja comportamentos ou manifestações de violência entre partidos políticos que tendem ao retorno ao monopartidarismo ou totalitarismo. Esta posição foi manifestada por Jafar Gulamo Jafar, jurista e antigo deputado da Assembleia da República, a-propósito dos acontecimentos de Nacala-Porto, em que alegados membros da Renamo teriam atentado contra a vida do líder do Movimento Democrático de Moçambique, Daviz Simango.
Para o entrevistado, trata-se de um episódio muito triste quando praticado por aqueles que deveriam defender a liberdade e os direitos humanos. “Os partidos políticos não devem protagonizar actos de violência bárbaros, pois estes não se justificam em nenhum momento. Este tipo de actos devem ser severamente condenados por toda a sociedade, visto que para além de atentarem contra a estabilidade do país, atentam contra a vida de cidadãos”, disse.
Para Jafar Gulamo Jafar, esta acção mostra que quem a protagonizou não sabe estar na política porque, segundo afirmou, estar na política é saber debater ideias, confrontar pontos de vista para se melhorar a governação do país e, por conseguinte, melhorar a vida da população.
“Eu escrevi uma série de cinco artigos, que foram publicados com a intenção de provocar uma reacção nos membros da Renamo no sentido de impedir o descalabro que ainda restava do partido, porque há muito tempo que Afonso Dhlakama não representa nenhum diálogo político, não mostra tolerância a nível interno. Afonso Dhlakama, quando é confrontado com ideias, ele opta por excluir ou expulsar quem o faz, principalmente quando não tem razão”, desabafou.
Afirmou que o líder da “perdiz” é, neste momento, egocentrista e tenta concentrar em si tudo o que diz respeito ao partido. “Portanto, ele congrega numa só pessoa todos os poderes possíveis e imaginários. Ele pensa que é o presidente, o juiz e o carrasco”.
Para o nosso interlocutor, Afonso Dhlakama já não tem espaço na Renamo e já é tempo dele abandonar a presidência da organização por ser é um perdedor. “Ele deveria dar lugar a alguém com ideias novas, que apresente um programa de governação alternativo e credível”.
Sobre as acusações que pesam contra elementos da Renamo de autoria do alegado atentado a Daviz Simango, disse que o problema não é acreditar ou deixar de acreditar. “Alguém mandou fazer isso e as evidências até aqui constatadas apontam para a Renamo. Foi um ataque político aberto”, referiu.
Jafar Gulamo Jafar apelou às autoridades competentes para investigarem o assunto e levarem o resultado da investigação às instâncias judiciárias, de modo a que os responsáveis sejam penalizados de acordo com a Lei.
“Todos devemos condenar a violência. Não podemos permitir que actos desses voltem a acontecer, sob pena de, nada fazendo vermos o país a ser transformado numa Guiné-Bissau”, disse, referindo que é preciso preservar a paz e estabilidade que o país vive há mais de 17 anos.
Fonte: Noticias
Dezassete anos após a guerra terminar no país, os moçambicanos não devem tolerar que haja comportamentos ou manifestações de violência entre partidos políticos que tendem ao retorno ao monopartidarismo ou totalitarismo. Esta posição foi manifestada por Jafar Gulamo Jafar, jurista e antigo deputado da Assembleia da República, a-propósito dos acontecimentos de Nacala-Porto, em que alegados membros da Renamo teriam atentado contra a vida do líder do Movimento Democrático de Moçambique, Daviz Simango.
Para o entrevistado, trata-se de um episódio muito triste quando praticado por aqueles que deveriam defender a liberdade e os direitos humanos. “Os partidos políticos não devem protagonizar actos de violência bárbaros, pois estes não se justificam em nenhum momento. Este tipo de actos devem ser severamente condenados por toda a sociedade, visto que para além de atentarem contra a estabilidade do país, atentam contra a vida de cidadãos”, disse.
Para Jafar Gulamo Jafar, esta acção mostra que quem a protagonizou não sabe estar na política porque, segundo afirmou, estar na política é saber debater ideias, confrontar pontos de vista para se melhorar a governação do país e, por conseguinte, melhorar a vida da população.
“Eu escrevi uma série de cinco artigos, que foram publicados com a intenção de provocar uma reacção nos membros da Renamo no sentido de impedir o descalabro que ainda restava do partido, porque há muito tempo que Afonso Dhlakama não representa nenhum diálogo político, não mostra tolerância a nível interno. Afonso Dhlakama, quando é confrontado com ideias, ele opta por excluir ou expulsar quem o faz, principalmente quando não tem razão”, desabafou.
Afirmou que o líder da “perdiz” é, neste momento, egocentrista e tenta concentrar em si tudo o que diz respeito ao partido. “Portanto, ele congrega numa só pessoa todos os poderes possíveis e imaginários. Ele pensa que é o presidente, o juiz e o carrasco”.
Para o nosso interlocutor, Afonso Dhlakama já não tem espaço na Renamo e já é tempo dele abandonar a presidência da organização por ser é um perdedor. “Ele deveria dar lugar a alguém com ideias novas, que apresente um programa de governação alternativo e credível”.
Sobre as acusações que pesam contra elementos da Renamo de autoria do alegado atentado a Daviz Simango, disse que o problema não é acreditar ou deixar de acreditar. “Alguém mandou fazer isso e as evidências até aqui constatadas apontam para a Renamo. Foi um ataque político aberto”, referiu.
Jafar Gulamo Jafar apelou às autoridades competentes para investigarem o assunto e levarem o resultado da investigação às instâncias judiciárias, de modo a que os responsáveis sejam penalizados de acordo com a Lei.
“Todos devemos condenar a violência. Não podemos permitir que actos desses voltem a acontecer, sob pena de, nada fazendo vermos o país a ser transformado numa Guiné-Bissau”, disse, referindo que é preciso preservar a paz e estabilidade que o país vive há mais de 17 anos.
Fonte: Noticias
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