DIALOGANDO
Por Mouzinho de Albuquerque
NADA tenho contra o facto de a província de Nampula ser o maior círculo eleitoral do país, por razoes óbvias, nem contra os políticos que em cada pleito eleitoral ou sem que este aconteça disputam sempre de forma renhida e algumas vezes com alguma violência os votos dos eleitores deste círculo. Na realidade, é um círculo muito influente na cena política nacional, daí a azáfama que se verifica dos políticos neste momento na procura de granjear a simpatia junto de eventuais eleitores.
Porém, reconheço que a par de muitas disputas políticas que ocorrem nesta região há muita hipocrisia, muito sentimento de culpa nas percepções que se fazem no que concerne principalmente àquilo que deveria representar a verdadeira dimensão deste círculo. É que não chega pensar que o maior círculo eleitoral de Moçambique é bom, torna-se necessário para daí se tirarem todos os resultados para o bem de todos.
Parecendo que não, custa crer que o maior círculo eleitoral ainda esteja a enfrentar sérios problemas de degradação das suas estradas, sobretudo na sua capital provincial. É uma grande vergonha o que se assiste no tal maior círculo eleitoral. Custa acreditar que o maior círculo eleitoral do país tenha deputados na Assembleia da República que só se preocupam em defender os seus “tachos” e partidos onde militam.
Custa acreditar que um maior círculo eleitoral de um país democrático, como Nampula, ainda não tenha uma classe empresarial organizada e forte, uma sociedade unida e pressionante, dirigentes exigentes em alguns casos que requerem isso, que possam tirar partido ou vantagem desse estatuto.
Neste nosso país de brandos costumes parece que não só se tem medo de dizer as coisas como elas são, mas também uma intensa pressão de acabar a “ousadia” de alguns cidadãos. Admito que algum silêncio seja prudente e politicamente correcto... mas não se deveria deixar a ideia de que quem cala consente, embora nem sempre, principalmente quando se trate de um círculo eleitoral como este.
E é minha percepção de que seria muito bom que isso fosse ultrapassado, enquanto há ainda a grande “memória” ou oportunidade que a província de Nampula tem, para que esta tenha condições objectivas e subjectivas para se afirmar como verdadeiro maior círculo eleitoral do país. Para se afirmar com respeito e vantagens políticas, económicas e outras.
Precisamos de uma imagem de um círculo eleitoral dinâmico, atractivo e dignificante, que dá lições da tolerância política e do valor da democracia multipartidária, trabalho político, onde os deputados eleitos levam sempre nas suas bagagens muitos e sérios recados reivindicativos dos seus eleitores para o Parlamento, que dá lições como é que se pode combater a corrupção e a pobreza, como é que se consolida a unidade nacional nas instituições e na indicação de dirigentes para determinados cargos.
É verdade que há que procurar defesas e respostas solidárias através do nosso trabalho diário, que também globalmente se pode encontrar em Moçambique, mas falar de um maior círculo eleitoral como Nampula deveria significar igualmente melhores índices de abastecimento de água nas cidades, vilas e zonas rurais, de ensino-aprendizagem, de assistência médica e medicamentosa, entre outras.
Por outro lado, falar disso não deveria significar a manutenção de tantos corruptos em sítios onde se encontram. Não deveria ser também o sinónimo da manutenção de deputados já “caducados”, claro dos partidos Frelimo e Renamo, na Assembleia da República. Deveria passar por encontrar e tentar arranjar soluções para os problemas existentes.
A bem de um maior círculo eleitoral do país deveria se melhorar as estradas urbanas e rurais, estações ferroviárias e terminais rodoviárias, bem como a injecção de bom investimento para implementação de novos projectos de desenvolvimento.
A bem do maior círculo eleitoral de Moçambique deveria haver bons e competentes dirigentes, boa produção agrícola, transporte público urbano abrangente e organizado, melhor iluminação pública, melhor prestação de serviços bancários, melhores construções de edifícios, oficinas, carpintarias e outras grandes e pequenas indústrias bem instaladas, bem como edifícios urbanos bem pintados. Vale a pena uma reflexão profunda, compatriotas!
A bem do maior círculo eleitoral do país deveria existir uma boa rede comercial nas zonas rurais, um grande respeito pela sua realidade cultural, a existência de empreiteiros honestos, bem como o bom funcionamento dos órgãos da justiça que sirva os interesses das populações.
Acima de tudo e mais de do que nunca é necessário passar das palavras aos actos, ao se falar com insistência do maior círculo eleitoral do país, pois não se justifica que até agora, embora ostente tal estatuto, a sua imagem continue a não reflectir essa dimensão. Precisam-se proveitos práticos desse estatuto.
Fonte: Notícias
Por Mouzinho de Albuquerque
NADA tenho contra o facto de a província de Nampula ser o maior círculo eleitoral do país, por razoes óbvias, nem contra os políticos que em cada pleito eleitoral ou sem que este aconteça disputam sempre de forma renhida e algumas vezes com alguma violência os votos dos eleitores deste círculo. Na realidade, é um círculo muito influente na cena política nacional, daí a azáfama que se verifica dos políticos neste momento na procura de granjear a simpatia junto de eventuais eleitores.
Porém, reconheço que a par de muitas disputas políticas que ocorrem nesta região há muita hipocrisia, muito sentimento de culpa nas percepções que se fazem no que concerne principalmente àquilo que deveria representar a verdadeira dimensão deste círculo. É que não chega pensar que o maior círculo eleitoral de Moçambique é bom, torna-se necessário para daí se tirarem todos os resultados para o bem de todos.
Parecendo que não, custa crer que o maior círculo eleitoral ainda esteja a enfrentar sérios problemas de degradação das suas estradas, sobretudo na sua capital provincial. É uma grande vergonha o que se assiste no tal maior círculo eleitoral. Custa acreditar que o maior círculo eleitoral do país tenha deputados na Assembleia da República que só se preocupam em defender os seus “tachos” e partidos onde militam.
Custa acreditar que um maior círculo eleitoral de um país democrático, como Nampula, ainda não tenha uma classe empresarial organizada e forte, uma sociedade unida e pressionante, dirigentes exigentes em alguns casos que requerem isso, que possam tirar partido ou vantagem desse estatuto.
Neste nosso país de brandos costumes parece que não só se tem medo de dizer as coisas como elas são, mas também uma intensa pressão de acabar a “ousadia” de alguns cidadãos. Admito que algum silêncio seja prudente e politicamente correcto... mas não se deveria deixar a ideia de que quem cala consente, embora nem sempre, principalmente quando se trate de um círculo eleitoral como este.
E é minha percepção de que seria muito bom que isso fosse ultrapassado, enquanto há ainda a grande “memória” ou oportunidade que a província de Nampula tem, para que esta tenha condições objectivas e subjectivas para se afirmar como verdadeiro maior círculo eleitoral do país. Para se afirmar com respeito e vantagens políticas, económicas e outras.
Precisamos de uma imagem de um círculo eleitoral dinâmico, atractivo e dignificante, que dá lições da tolerância política e do valor da democracia multipartidária, trabalho político, onde os deputados eleitos levam sempre nas suas bagagens muitos e sérios recados reivindicativos dos seus eleitores para o Parlamento, que dá lições como é que se pode combater a corrupção e a pobreza, como é que se consolida a unidade nacional nas instituições e na indicação de dirigentes para determinados cargos.
É verdade que há que procurar defesas e respostas solidárias através do nosso trabalho diário, que também globalmente se pode encontrar em Moçambique, mas falar de um maior círculo eleitoral como Nampula deveria significar igualmente melhores índices de abastecimento de água nas cidades, vilas e zonas rurais, de ensino-aprendizagem, de assistência médica e medicamentosa, entre outras.
Por outro lado, falar disso não deveria significar a manutenção de tantos corruptos em sítios onde se encontram. Não deveria ser também o sinónimo da manutenção de deputados já “caducados”, claro dos partidos Frelimo e Renamo, na Assembleia da República. Deveria passar por encontrar e tentar arranjar soluções para os problemas existentes.
A bem de um maior círculo eleitoral do país deveria se melhorar as estradas urbanas e rurais, estações ferroviárias e terminais rodoviárias, bem como a injecção de bom investimento para implementação de novos projectos de desenvolvimento.
A bem do maior círculo eleitoral de Moçambique deveria haver bons e competentes dirigentes, boa produção agrícola, transporte público urbano abrangente e organizado, melhor iluminação pública, melhor prestação de serviços bancários, melhores construções de edifícios, oficinas, carpintarias e outras grandes e pequenas indústrias bem instaladas, bem como edifícios urbanos bem pintados. Vale a pena uma reflexão profunda, compatriotas!
A bem do maior círculo eleitoral do país deveria existir uma boa rede comercial nas zonas rurais, um grande respeito pela sua realidade cultural, a existência de empreiteiros honestos, bem como o bom funcionamento dos órgãos da justiça que sirva os interesses das populações.
Acima de tudo e mais de do que nunca é necessário passar das palavras aos actos, ao se falar com insistência do maior círculo eleitoral do país, pois não se justifica que até agora, embora ostente tal estatuto, a sua imagem continue a não reflectir essa dimensão. Precisam-se proveitos práticos desse estatuto.
Fonte: Notícias
Sem comentários:
Enviar um comentário