“Em Moçambique há espaço para todos, não fazendo, por conseguinte, sentido que de forma frenética e cíclica as duas formações políticas disputem publicamente os mesmos espaços físicos e os mesmos membros, sem que se respeitem.” (Edson Macuácua, porta-voz da Frelimo, in Notícias, 11-06-2009).
“O Simango faz da Renamo a sua machamba, onde vai angariar membros”, disse.
Questionou ainda o facto de Simango ter ido a Nacala-Porto, mesmo sabendo da presença de Dhlakama na mesma cidade.” (Arnaldo Chalaua, porta-voz da Renamo em Nampula, in Savana, 12-06-2009).
Dhlakama mostrou-se agastado com alegado comportamento de o Movimento Democrático de Moçambique tentar colher em machamba alheia.
“Até o Presidente Chissano nunca foi para um sitio em que sabia que eu estava lá. Mesmo este actual, o Presidente Guebuza nunca chegou a um distrito em que eu estivesse lá. E eu também nunca. Mas como é possível? Se nem estamos em campanha? Ir nas sedes da Renamo recrutar membros? Nao, não pode” - desabafou o líder do ainda maior partido da oposição em Moçambique. (Afonso Dhlakama, Presidente da Renamo, in Savana, 15-06-2009).
“O Simango faz da Renamo a sua machamba, onde vai angariar membros”, disse.
Questionou ainda o facto de Simango ter ido a Nacala-Porto, mesmo sabendo da presença de Dhlakama na mesma cidade.” (Arnaldo Chalaua, porta-voz da Renamo em Nampula, in Savana, 12-06-2009).
Dhlakama mostrou-se agastado com alegado comportamento de o Movimento Democrático de Moçambique tentar colher em machamba alheia.
“Até o Presidente Chissano nunca foi para um sitio em que sabia que eu estava lá. Mesmo este actual, o Presidente Guebuza nunca chegou a um distrito em que eu estivesse lá. E eu também nunca. Mas como é possível? Se nem estamos em campanha? Ir nas sedes da Renamo recrutar membros? Nao, não pode” - desabafou o líder do ainda maior partido da oposição em Moçambique. (Afonso Dhlakama, Presidente da Renamo, in Savana, 15-06-2009).
2 comentários:
Mas afinal existem zonas restrictas em Mocambique? Cada um desloca-se para onde bem entender, ninguem e dono de algum distrito ou provincia. Se as coisas vao tao bem para si e seu partido, porque teme tanto o MDM? Se os seus membros estao contentes com o desempenho da Renamo e suas politicas, porque temer que estes se afiliem ao MDM?
Maria Helena
O que dizem os políticos moçambicanos é muito interessante. Primeiro, acho-os de grandes mentirosos porque sem falar de lugares e nem de tempos distantes, em Fevereiro do corrente ano, a Frelimo e Renamo machucaram-se na mesma Cidade de Nacala e no posto administrativo de Muanona estão as marcas. Quanto à disputa pelos mesmos membros pergunto eu a Edson Macuácua sobre os tantos que há algum tempo se apresentavam em conferências de imprensa como desertores da Renamo à Frelimo, os devolveu? E para não ser abstracto, será que Macuácua está pensando em devolver à Renamo os ex-membros Raimundo Samugge, Almeida Tambara, Matiquite entre outros? E nem tardou para lermos agora uma acusação em em Tete como se pode conferir aqui.
Acho que não seria mal nenhum se eles estudassem a democracia e se possível acompanhassem com atenção o processo democrático em países verdadeiramente democráticos. Concretamente, nos países nórdicos, diferentes partidos políticos ficam na mesma praça e em simultâneo, contactam com os mesmos cidadãos para persuadí-los. O cidadão é livre e para escolher melhor, ele precisa de ter informação de muitos partidos. Em suma, nenhum cidadão é propriedade privada de algum partido.
Meus caros, para mim, o processo democrático está a custar desnecessariamente muito caro. Há coisas que comparando com os países desenvolvidos são muito difíceis de entender do porque tantos custos em país pobres como o nosso. Por exemplo, será mesmo que é inevitáveis recenseamentos eleitorais? Será que os europeus fizeram algum recenseamento especificamente eleitoral para as eleições de 7 de Junho? Será que todos votaram no mesmo dia? Será que todos partidos políticos precisaram de montar fiscais em todas as mesmas e nos postos antecipados? Será que todos os eleitores tiveram que votar fisicamente? Será que no processo de votação houve muitos contigentes policiais nas mesas de votação? A resposta de todas estas perguntas é NÃO, mas para tal os eleitores europeus não desconfiam dos funcionários eleitorais que na sua MAIORIA (não se trata aqui de 51 % dos funcionários, mas acima de 99 %) são honestos.
Este podia ser o nosso ponto de reflexão, pois é isto que custa muito ao nosso processo democrático. Estranhamente por culpa de nós que supostamente alfabetizados que os não-alfabetizados. Os políticos, antes deviam reflectir ao que vergonhosamente aconteceu em Nacala, mas também como Noé Nhantambo fez nos lembrar, é quase semelhante ao que ia acontecer a próprio Afonso Dhlakama em Xai-Xai em 2004. Mais um episódio para recordar ao Edson Macuácua.
Reflictamos.
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