DIALOGANDO -
Por Mouzinho de Albuquerque
NÃO há dúvidas e nem pode haver no que respeita à importância dos próximos pleitos eleitorais para a consolidação da democracia no nosso país, tendo em conta, segundo o que se diz e se antevê, eles poderão ser dos mais renhidos. É por isso que também era preciso que tivéssemos candidatos dos partidos políticos a Presidente da República com perfis aceitáveis, com carisma político e sobretudo honestos com as suas convicções na resolução dos problemas do povo.
É que de nada serve nos candidatarmos a Presidente da República se não temos perfil para tal, só porque queremos conseguir “tacho”, por sermos pobres, atrapalhar as pessoas, se não temos amor ao povo, que algum momento pusemo-nos a matá-lo ou mutilá-lo, se não temos “educação” e qualidade desejada.
Será que continuaremos ou vamos estar “distraídos”, depositando o nosso voto de confiança nos candidatos que sempre mantiveram atitudes políticas ambíguas neste país nas eleições de 28 de Outubro? O povo dirá! Ou deveria exigir escrupulosidade política de candidatos a Presidente da República de certos partidos que parece que “brincam” com coisas sérias. Deveria exigir sem manipulações ou ameaças de qualquer natureza mudanças, através do voto nas urnas.
Há muito que se questiona na nossa pátria amada como é que um candidato a Presidente da República pode educar cidadãos para o valor da sua participação democrática, depositando o seu voto nas urnas, se ele mesmo fomenta a ausência da boa convivência democrática, num país onde existem muitos partidos políticos como o nosso?
Ser Presidente da República não é um cargo qualquer, mas também não é uma função doutro “mundo”. Porém, os candidatos a este cargo precisam de pensar serenamente, sem falsos alardes nem promessas falsas, consolidando o espaço multipartidário criado, depois das hostilidades militares entre o Governo e Renamo.
É verdade que há outros factores influentes, mas mais do que isso é preciso capital político, para que um candidato àquele cargo seja politicamente competente. É preciso capital político para que um candidato não traia a confiança dos moçambicanos. É preciso capital político para que um candidato depois de perder as eleições não vire “lambe bota” do poder instituído, e toca a promover o separatismo político.
Há certamente muita gente neste país que nesta altura atravessa graves dificuldades financeiras para poder proporcionar aos seus filhos alguma educação ou satisfação de outras preocupações, e por isso precisamos de um Presidente da República que valorize a necessidade de proximidade entre o poder e as populações.
Os cidadãos deste país lutam denodadamente, trabalham a sua rica terra, vão a todo lado e, apesar de todas as carências que existem, têm igualmente sabido, com extraordinária força de vontade, sacrifício e competência, evitar “desastres” políticos em cada processo eleitoral, tudo na perspectiva de consolidar a democracia que alguns políticos têm posto em causa.
Sendo assim, era preciso que desta vez, aliás, nas próximas eleições, não fossem correspondidos com a “exibição” de pessoas que vão disputar a Ponta Vermelha sem nenhuma ambição de governar bem, se forem eleitas, mas sim, “encher” os bolsos em prejuízo do povo.
Lamentavelmente não tenho visto esta atitude repreendida, através de acções concretas, pelos outros membros da classe em Moçambique, talvez por suporem ou estarem habituados que fazer política é só dizer mal, às vezes, sem saber o que dizem.
A consciência de cada cidadão moçambicano pode estar tranquila, no sentido de que ele sabe quem vai votar, mas o receio de que, com tanta hipocrisia e algumas anomalias que muitas vezes mancham as eleições no nosso país, igualmente pode não chegar só essa consciência, daí que se possa ter ou não um candidato a Presidente da República vencedor credível.
Fonte: Notícias 18.06.2009
Por Mouzinho de Albuquerque
NÃO há dúvidas e nem pode haver no que respeita à importância dos próximos pleitos eleitorais para a consolidação da democracia no nosso país, tendo em conta, segundo o que se diz e se antevê, eles poderão ser dos mais renhidos. É por isso que também era preciso que tivéssemos candidatos dos partidos políticos a Presidente da República com perfis aceitáveis, com carisma político e sobretudo honestos com as suas convicções na resolução dos problemas do povo.
É que de nada serve nos candidatarmos a Presidente da República se não temos perfil para tal, só porque queremos conseguir “tacho”, por sermos pobres, atrapalhar as pessoas, se não temos amor ao povo, que algum momento pusemo-nos a matá-lo ou mutilá-lo, se não temos “educação” e qualidade desejada.
Será que continuaremos ou vamos estar “distraídos”, depositando o nosso voto de confiança nos candidatos que sempre mantiveram atitudes políticas ambíguas neste país nas eleições de 28 de Outubro? O povo dirá! Ou deveria exigir escrupulosidade política de candidatos a Presidente da República de certos partidos que parece que “brincam” com coisas sérias. Deveria exigir sem manipulações ou ameaças de qualquer natureza mudanças, através do voto nas urnas.
Há muito que se questiona na nossa pátria amada como é que um candidato a Presidente da República pode educar cidadãos para o valor da sua participação democrática, depositando o seu voto nas urnas, se ele mesmo fomenta a ausência da boa convivência democrática, num país onde existem muitos partidos políticos como o nosso?
Ser Presidente da República não é um cargo qualquer, mas também não é uma função doutro “mundo”. Porém, os candidatos a este cargo precisam de pensar serenamente, sem falsos alardes nem promessas falsas, consolidando o espaço multipartidário criado, depois das hostilidades militares entre o Governo e Renamo.
É verdade que há outros factores influentes, mas mais do que isso é preciso capital político, para que um candidato àquele cargo seja politicamente competente. É preciso capital político para que um candidato não traia a confiança dos moçambicanos. É preciso capital político para que um candidato depois de perder as eleições não vire “lambe bota” do poder instituído, e toca a promover o separatismo político.
Há certamente muita gente neste país que nesta altura atravessa graves dificuldades financeiras para poder proporcionar aos seus filhos alguma educação ou satisfação de outras preocupações, e por isso precisamos de um Presidente da República que valorize a necessidade de proximidade entre o poder e as populações.
Os cidadãos deste país lutam denodadamente, trabalham a sua rica terra, vão a todo lado e, apesar de todas as carências que existem, têm igualmente sabido, com extraordinária força de vontade, sacrifício e competência, evitar “desastres” políticos em cada processo eleitoral, tudo na perspectiva de consolidar a democracia que alguns políticos têm posto em causa.
Sendo assim, era preciso que desta vez, aliás, nas próximas eleições, não fossem correspondidos com a “exibição” de pessoas que vão disputar a Ponta Vermelha sem nenhuma ambição de governar bem, se forem eleitas, mas sim, “encher” os bolsos em prejuízo do povo.
Lamentavelmente não tenho visto esta atitude repreendida, através de acções concretas, pelos outros membros da classe em Moçambique, talvez por suporem ou estarem habituados que fazer política é só dizer mal, às vezes, sem saber o que dizem.
A consciência de cada cidadão moçambicano pode estar tranquila, no sentido de que ele sabe quem vai votar, mas o receio de que, com tanta hipocrisia e algumas anomalias que muitas vezes mancham as eleições no nosso país, igualmente pode não chegar só essa consciência, daí que se possa ter ou não um candidato a Presidente da República vencedor credível.
Fonte: Notícias 18.06.2009
2 comentários:
Reflectindo, aproveito para informar-te que de ascordo com o Jornal Noticias de hoje Prepara-se o registo eleitoral na diáspora
INICIA esta manhã, em Maputo, a capacitação dos formadores nacionais e brigadistas para o recenseamento eleitoral na diáspora, tendo como horizonte as eleições presidenciais e legislativas e para as assembleias provinciais marcadas para 28 de Outubro. Maputo, Quinta-Feira, 18 de Junho de 2009:: Notícias
Organizada pelos órgãos eleitorais, a formação termina no próximo dia 22. Segundo as previsões, o recenseamento eleitoral na diáspora vai ter lugar no próximo mês, num processo em que serão inscritos moçambicanos residentes na África do Sul, Malawi, Zimbabwe, Suazilândia, Tanzânia, Quénia e Zâmbia (em África), Portugal e Alemanha (na Europa). Estes são os dois círculos eleitorais no estrangeiro.
jornal noticias de 18.06.2009
Muito obrigado Ismael Mussá pela alerta. Vou colocar a notícia no blog.
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