EXTRAS -
Por Pedro Nacuo
E esta?! Quando foi da escolha dos quadros que a Frelimo tinha para a direcção do município de Pemba, em 2003, avançaram-se nomes para substituir Assubugy Meagy, contra razões completamente descabidas, mas urgia, na opinião do partido, a substituição do homem, que como dissemos bastas vezes foi vítima da sua honestidade, da sua humildade e do seu conhecimento profundo da cidade de Pemba. Ninguém conseguiu engolir a troca de Meagy com quem quer que fosse. Até hoje.
Era obrigatório que fosse substituído um homem que não mudou nada na sua vida, por ter sido presidente do Concelho Municipal, que negou instituir a Polícia Municipal, porque na altura (não sei se ainda) era ilegal e gastaria muito dinheiro de graça, visto que se tratava de uma polícia impotente, se bem que na hora da verdade recorria (ainda recorre) à Polícia da República de Moçambique (RPM). Não quis ter duas polícias em que uma não fazia nada de polícia, senão ir participar os casos criminais àqueloutra.
Substituiu-se Meagy, que se recusara a reabilitar a casa oficial do presidente do município, justificando que era muito onerosa, porque na altura falar de um bilião, roubar-lhe-ia muito dinheiro. Tanto em relação à polícia como à reabilitação da residência, Meagy disse NÃO, porque a seguir não teria salário para os funcionários da edilidade.
Mas tinha mesmo que ser substituído e na hora do adeus Assubugy disse, com razão, que saía de cabeça erguida. Palmas ouviram-se, principalmente quando disse que deixava nas contas do município um saldo positivo de 189 milhões (antiga família), sem dívidas com terceiros, mas que a Electricidade de Moçambique devia ao município, um valor que agora não nos ocorre, resultante das escavações feitas às avenidas para a colocação de cabos.
O nome indicado pelo partido de ambos era o de Agostinho Ntauale, um camarada conhecido por todos os atentos, estes que logo exclamaram dado o seu passado, que nem era muito passado, cadastrado por haver ficado com problemas com o Estado a quem não havia conseguido satisfazer pelo uso do seu dinheiro enquanto empresário, ainda com contas em tribunais. Ficou boquiaberto quem então sabia do “dossier”.
O gestor que não havia conseguido ser na sua empresa, uma minúscula parcela, quando comparada com a gestão da municipalidade, sentou-se na cadeira apetecida de Pemba, fez o que fez, nuns casos com algum sucesso, noutros com muita incompetência à vista e a seguir, o mandato chegava ao fim, com todos a saber que iria ser substituído. Aliás, ninguém questionou a substituição, pois a única questão tinha sido posta cinco anos atrás, nomeadamente como foi preferido pelo seu partido.
Para a substituição, mais uma vez, vieram nomes, entre os quais de Sadique Âssamo Yacub, que já se sentava, em dois mandatos consecutivos, na Assembleia Municipal. Todos estavam à espera de como seria a passagem do testemunho Ntauale/Sadique e eis que começámos a saber na semana passada que em vez de deixar um saldo equiparável ou aproximado ao do seu antecessor, abandona o processo e os novos gestores do município, por si sós, vão descobrir que deixou em banco 14.000,00 MT (catorze mil meticais), que não o são, tendo em conta que de fora ainda estão a vir dívidas por serem pagas pelos novos titulares. Até aqui andamos em sete milhões de meticais.
Eis que agora se procuram os bens que o relatório de entrega dizem existir e até a viatura protocolar do presidente do Conselho Municipal fica apreendida, por um problema antigo, quando a multa na altura era de 15.000,00 MT, que agora cresceu até 200.000,00 MT. Durante cinco anos a gestão de Ntauale não conseguiu pagar!
Se Assubugy se recusara a receber o dinheiro para a reabilitação da casa, porque na altura havia alternativa, porque poderia viver na sua própria, sendo natural de Pemba, devido à já referida onerosidade, Ntauale recebeu 1.000.000,00 MT, mas o edifício não foi reabilitado, mais, mais, mais outras coisinhas que hoje estamos a saber.
E estamos a saber porque o camarada Ntauale não quer colaborar com o seu sucessor na apresentação do que há e do que não há. Do que se pode passar por cima e sobre o que não vale a pena, a bem da imagem de quem teimou em preferi-lo, contra todos os conselhos de cidadãos de boa-fé, igualmente viventes da cidade de Pemba.
O resultado está à vista, estamos a assistir uma transmissão de poderes, que se previa que fosse em Nacala, donde pelo contrário veio-nos a lição de urbanidade, sentido democrático e civilizado, da figura de Manuel dos Santos, que preferiu, inclusive, desrespeitar as ordens de quem pensava que o havia privatizado por o ter proposto para dirigir aquela cidade da província de Nampula.
Ora, aqui em Pemba assistimos exactamente o contrário, na transição do período de Ntauale para Sadique, como se os dois fossem de partidos diferentes, sobretudo contrários e rivais. E esta?!
Fonte: Notícias
Por Pedro Nacuo
E esta?! Quando foi da escolha dos quadros que a Frelimo tinha para a direcção do município de Pemba, em 2003, avançaram-se nomes para substituir Assubugy Meagy, contra razões completamente descabidas, mas urgia, na opinião do partido, a substituição do homem, que como dissemos bastas vezes foi vítima da sua honestidade, da sua humildade e do seu conhecimento profundo da cidade de Pemba. Ninguém conseguiu engolir a troca de Meagy com quem quer que fosse. Até hoje.
Era obrigatório que fosse substituído um homem que não mudou nada na sua vida, por ter sido presidente do Concelho Municipal, que negou instituir a Polícia Municipal, porque na altura (não sei se ainda) era ilegal e gastaria muito dinheiro de graça, visto que se tratava de uma polícia impotente, se bem que na hora da verdade recorria (ainda recorre) à Polícia da República de Moçambique (RPM). Não quis ter duas polícias em que uma não fazia nada de polícia, senão ir participar os casos criminais àqueloutra.
Substituiu-se Meagy, que se recusara a reabilitar a casa oficial do presidente do município, justificando que era muito onerosa, porque na altura falar de um bilião, roubar-lhe-ia muito dinheiro. Tanto em relação à polícia como à reabilitação da residência, Meagy disse NÃO, porque a seguir não teria salário para os funcionários da edilidade.
Mas tinha mesmo que ser substituído e na hora do adeus Assubugy disse, com razão, que saía de cabeça erguida. Palmas ouviram-se, principalmente quando disse que deixava nas contas do município um saldo positivo de 189 milhões (antiga família), sem dívidas com terceiros, mas que a Electricidade de Moçambique devia ao município, um valor que agora não nos ocorre, resultante das escavações feitas às avenidas para a colocação de cabos.
O nome indicado pelo partido de ambos era o de Agostinho Ntauale, um camarada conhecido por todos os atentos, estes que logo exclamaram dado o seu passado, que nem era muito passado, cadastrado por haver ficado com problemas com o Estado a quem não havia conseguido satisfazer pelo uso do seu dinheiro enquanto empresário, ainda com contas em tribunais. Ficou boquiaberto quem então sabia do “dossier”.
O gestor que não havia conseguido ser na sua empresa, uma minúscula parcela, quando comparada com a gestão da municipalidade, sentou-se na cadeira apetecida de Pemba, fez o que fez, nuns casos com algum sucesso, noutros com muita incompetência à vista e a seguir, o mandato chegava ao fim, com todos a saber que iria ser substituído. Aliás, ninguém questionou a substituição, pois a única questão tinha sido posta cinco anos atrás, nomeadamente como foi preferido pelo seu partido.
Para a substituição, mais uma vez, vieram nomes, entre os quais de Sadique Âssamo Yacub, que já se sentava, em dois mandatos consecutivos, na Assembleia Municipal. Todos estavam à espera de como seria a passagem do testemunho Ntauale/Sadique e eis que começámos a saber na semana passada que em vez de deixar um saldo equiparável ou aproximado ao do seu antecessor, abandona o processo e os novos gestores do município, por si sós, vão descobrir que deixou em banco 14.000,00 MT (catorze mil meticais), que não o são, tendo em conta que de fora ainda estão a vir dívidas por serem pagas pelos novos titulares. Até aqui andamos em sete milhões de meticais.
Eis que agora se procuram os bens que o relatório de entrega dizem existir e até a viatura protocolar do presidente do Conselho Municipal fica apreendida, por um problema antigo, quando a multa na altura era de 15.000,00 MT, que agora cresceu até 200.000,00 MT. Durante cinco anos a gestão de Ntauale não conseguiu pagar!
Se Assubugy se recusara a receber o dinheiro para a reabilitação da casa, porque na altura havia alternativa, porque poderia viver na sua própria, sendo natural de Pemba, devido à já referida onerosidade, Ntauale recebeu 1.000.000,00 MT, mas o edifício não foi reabilitado, mais, mais, mais outras coisinhas que hoje estamos a saber.
E estamos a saber porque o camarada Ntauale não quer colaborar com o seu sucessor na apresentação do que há e do que não há. Do que se pode passar por cima e sobre o que não vale a pena, a bem da imagem de quem teimou em preferi-lo, contra todos os conselhos de cidadãos de boa-fé, igualmente viventes da cidade de Pemba.
O resultado está à vista, estamos a assistir uma transmissão de poderes, que se previa que fosse em Nacala, donde pelo contrário veio-nos a lição de urbanidade, sentido democrático e civilizado, da figura de Manuel dos Santos, que preferiu, inclusive, desrespeitar as ordens de quem pensava que o havia privatizado por o ter proposto para dirigir aquela cidade da província de Nampula.
Ora, aqui em Pemba assistimos exactamente o contrário, na transição do período de Ntauale para Sadique, como se os dois fossem de partidos diferentes, sobretudo contrários e rivais. E esta?!
Fonte: Notícias
2 comentários:
Uma pouca vergonha!!! Isto so poderia acontecer em Mocambique ou numa 'republica das bananas'. Sabe, em nenhum pais 'normal' sao sequer nomeados candidatos para ocupar qualquer posto governamental pessoas com cadastro ou suspeitas de qualquer acto criminoso. Mas a Frelimo gosta desse genero de pessoas, sem moral ou etica, pois eles sao todos 'farinha do mesmo saco' - raras excepcoes -, os politicos serios, honestos, com bom caracter, etc, como Assubugy Meagy nao sao idolatrados ou colocados num pedastal a nivel de heroi no partido Frelimo, alias, eles ate atrapalham, pois nao sao coniventes com a corrupcao e falcatruas dos seus colegas de partido.
Maria Helena
Um dos maiores problemas é que muitos daqueles que deviam contribuir com a sua sabedoria nos partidos que militam ou simpatizam não o fazem. O resultado é este, pessoas como Assubugy Meagy são isoladas. Não é que não tenhamos quadros honestos nos partidos políticos do país, mas a questão é quem gosta deles? Precisamos de cultivar o espírito de valorizacão desses quadros.
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