quinta-feira, dezembro 04, 2014

Waty responde aos críticos das regalias e diz que condição do deputado moçambicano é vergonhosa

A Assembleia da República (AR) abriu mão de alguns direitos e regalias e aprovou, na generalidade, a lei de revisão do Estatuto do Deputado.
Devolvida para reexame pelo Presidente da República, a lei passou com voto maioritário da Frelimo, pois a Renamo e o MDM recuaram e posicionaram-se contra. Trata-se de um posicionamento “politicamente correcto”, alinhando com as críticas da sociedade civil sobre a oportunidade da lei num país com dificuldades indisfarçáveis de sobreviver com os seus próprios recursos.
Na versão aprovada, os deputados abdicaram do gabinete de trabalho na sede do Parlamento, da casa de habitação na (futura) Cidadela Parlamentar, da isenção dos direitos aduaneiros e outras imposições na importação de uma viatura para transporte próprio e do subsídio de reintegração cumulativamente com a pensão de aposentação.
Trata-se de direitos e regalias de “difícil cumprimento em termos financeiros e orçamentais”, tal como declarou o ministro das Finanças no seu pronunciamento sobre o impacto da lei solicitado pela Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos Humanos e de Legalidade.
No mesmo ofício, Manuel Chang explicou que o impacto orçamental da lei de revisão do Estatuto do Deputado inicialmente apurado era de cerca de um bilião de meti- cais. Com a inclusão de novos direitos e regalias e manutenção de benefícios que tinha sido proposta a sua eliminação, o impacto orçamental com efeitos a partir de 2015 disparou para 2.679.993,43 mil meticais (dois biliões, seiscentos e setenta e nove milhões, novecentos e noventa e três mil e quarenta e três meticais).


Fonte: O País – 04.12.2014 

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