A organização moçambicana Parlamento Juvenil (PJ) lançou em Chimoio,
centro, a "operação voto jovem", para apelar à "cidadania ativa,
quebrar silêncio e apatia dos jovens" e incentivar a participação na
politica, disse à Lusa fonte da organização. Salomão Muchanga, presidente do
PJ, disse que a iniciativa, que antecedeu a divulgação do manifesto político da
agremiação, uma espécie de guia para rito de iniciação política dos jovens,
pretende garantir que as eleições autárquicas de 20 de novembro e gerais de
2014 não tenham níveis altos de abstenções.
"Precisamos de lutar contra o desinteresse dos jovens na política no
país e motivar para a compreensão profunda dos valores das eleições, sem
qualquer controlo ideológico", disse Salomão Muchanga, lamentando "a
instrumentalização e a humilhação dos jovens pelos políticos", no país. O
responsável disse ainda que o projeto vai estabelecer um "diálogo político
social novo, criar um paradigma construtivo e plataforma analítica "da miséria strutural
e violência simbólica permanente", na qual os jovens possam ter uma voz
sonante.
"Queremos no processo
eleitoral uma juventude orgulhosa do seu papel, que erga a sua voz, que
assimila e defenda, suporta as inquietações de um processo de desenvolvimento
nacional", precisou Salomão Muchanga. "Esse exercício nacional de
organização e preparação do programa tem em vista tomada de consciência sobre o
valor das eleições, estamos a dizer que as eleições servem fundamentalmente
para glorificar quem trabalha bem, e penalizar aquele que trabalha mal, e nunca
para a resignação", disse Salomão Muchanga.
Ainda segundo a fonte, "a democracia precária e o capitalismo
improdutivo" que se vivem no país "enfraquecem as perspetivas sociais
dos jovens", colocando-os vulneráveis à instrumentalização e humilhação,
pelo que "urge" criar estruturas de intervenção dos jovens numa
perspetiva de ação coletiva.
O lançamento da iniciativa envolveu jovens das províncias de Manica,
Sofala, Tete e Zambézia (centro), que foram chamados a ser politicamente
conscientes e preparados para a sua responsabilidade contra a exclusão
politica.
Fonte: LUSA – 11.06.2013
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