Novas locomotivas para Corredor do Norte

O Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN) acaba de adquirir sete locomotivas, doze carruagens de primeira a terceira classes, no âmbito dos seus projectos de investimentos com vista a aumentar a sua capacidade operacional, assim como reduzir os custos de aluguer de equipamentos para a ferrovia, num montante estimado em pouco mais de 14 milhões de dólares americanos.

O director de operações da comissão executiva do CDN, Luiz Martins, falando ontem em conferência de imprensa disse que todo o material circulante que ainda integra dois carros geradores (post car) foi adquirido em Durban, na vizinha África do Sul e que cada carruagem, que está climatizada, com água corrente nos lavabos e com um sistema de som, tem capacidade de 88 lugares.

“Este material que adquirimos, apesar de ter passado por um processo de recuperação em alguns aspectos, o conforto e a segurança dos passageiros foi acautelado. Aliás, o investimento que fizemos partiu da percepção que tivemos de que o serviço que prestamos precisava de melhorar”, observou Martins.

Num outro desenvolvimento, o director das operações da comissão executiva do Corredor de Desenvolvimento do Norte reconheceu que as actuais condições em que é efectuado o transporte de passageiros não são ainda das melhores.

Em relação as sete locomotivas, a nossa fonte fez saber que parte delas vão também servir para o transporte de carga ao longo da ferrovia que liga a cidade portuária de Nacala, na província de Nampula, passando por Cuamba até ao vizinho Malawi.

“Estas locomotivas são dotadas de sistemas informáticos para a sua operação e têm igualmente conforto e segurança para o maquinista”, ajuntou.

A empresa que forneceu o material garante o pacote de toda operação de treinamento referente a manutenção dos equipamentos e a formação dos maquinistas, mecânicos e outros trabalhadores afins para esta frota nova.

O director das operações da comissão executiva do CDN, sublinhou não ser intenção da sua instituição agravar a tarifa de passageiro, somente por ter adquirido novo equipamento “até porque entendemos ser isto um serviço meramente social que a nossa empresa presta as populações”, por isso não ser prioridade aumentar os custos da passagem. (Luís Norberto)

Fonte: Jornal Notícias – 20.06.2013