A população do bairro de Sangariveira, Posto Administrativo Urbano nr 2, na autarquia de Quelimane, centro do pais, espancou na semana finda um suposto recolher de cartões de eleitor nos postos de recenseamento eleitoral.
Mas como a prática não era nova, conforme noticiamos na nossa edição anterior, alguns moradores daquele bairro, enfurecidos, foram pedir contas para entenderem de facto quais eram os propósitos da recolha de cartões de eleitor da população.
A explicação não foi convincente e ai os ânimos começaram a exaltar.
O suposto recolhedor de cartões de eleitor, alegou que estava a fazer o seu trabalho, porque alguém havialhe mandado. Aqui começou a “luta”.
A população maioritariamente jovem, quis saber quem era o suposto mandante. O jovem recolhedor de cartões omitiu e apenas foi dizendo que estava cumprir ordens.
Como a resposta não era do agrado dos que exigiam explicações, eis que o referido jovem, foi convidado a retirar-se do local. Também resistiu sair do local, facto que azedou mais os ânimos das pessoas.
Dai, começou o empurra aqui, empurra ali. Os empurrões foram aumentando até que começou um aglomerado. A resistência manteve-se e dai, começou a retirada forçosa do jovem, que teimava em não ceder o pedido dos populares de boas maneiras.
Agente da polícia confirma que há jovens que recolhem cartões
Entretanto, o agente da polícia afecto a aquele posto de recenseamento quando indagado pelo nosso repórter para se explicar em torno deste assunto, este disse apenas que viu este sururo, mas assegurou que tudo foi fora do local do recenseamento, ou seja, fora do perímetro onde decorre o recenseamento, dai que nada perturbou o decurso normal do processo.
Sobre os tais jovens que recolhem cartões, aquele agente da polícia disse que tem visto um grupo de jovens que tem estado naquele posto levando cartões de eleitores sobretudo das pessoas mais velhas.
“Não sei no concreto porque fazem, mas tenho visto aqui”-rematou o agente.
No Cololo também há recolha de cartões
Afinal quando se pensava que a recolha de cartões acontecia apenas em Sangariveira, Icidua e Janeiro, eis que o nosso repórter testemunhou esta segunda-feira no posto de recenseamento de Cololo, onde um cidadão que vinha numa mota de marca xintian, chegou ao posto carregado de um outro fulano e deixou-o. O nosso repórter atento, foi seguindo e dai, o referido cidadão interpelou uma cidadã de nome Afonsina Lemos, residente naquela zona e levou-lhe o cartão de eleitor tendo retirado apenas o número de cartão e dai devolveu.
Quando se apercebeu de que alguém estava seguindo os seus movimentos, eis que este fulano que nem sequer identificação tinha, afastou-se. Refira-se que esta situação tem vindo a ganhar terreno nos postos de recenseamento da cidade de Quelimane e alguns círculos começam a equacionar vários cenários políticos, que oportunamente iremos avançar.
Fonte: Diário da Zambézia in Mocambique para todos – 11.06.2013
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