sexta-feira, setembro 14, 2012

Marcelino dos Santos não perdoa aos "traidores" Joana Simião e Urias Simango

Numa Grande Entrevista gravada na TVM.

O fundador e veterano da Frelimo, Marcelino dos Santos, está muito desapontado com o modelo de capitalismo adoptado em Moçambique. Segundo Marcelino dos Santos, a introdução deste modelo nunca foi discutida pelos órgãos da Frelimo.

O veterano da luta armada de libertação nacional ainda acredita que o socialismo de orientação marxista-leninista adoptado pela Frelimo no Terceiro Congresso em 1977 é a solução para a pobreza que assola a maior parte dos moçambicanos.


Desde jovem estudante universitário na Europa, Marcelino dos Santos entregou-se de corpo e alma à causa do povo colonizado, lutando pela independência nacional, sem estar necessariamente nas batalhas militares contra o inimigo.

“Eu quando entrei na Frelimo já era Chefe. Tinha experiência, porque era Secretário das Relações Exteriores da UDENAMO. Mas recebi treinos como todos os guerrilheiros tiveram depois da criação do Centro de Nachingueia. Tinha uma pistola, mas não fui à frente de combate.” disse o fundador e veterano da Frelimo.

Marcelino dos Santos não perdoa os que considera traidores da independência nacional, com Joana Simião e Urias Simango à cabeça.

Segundo Marcelino dos Santos, “no dia 7 de Setembro de 1974, Khavandame, Joana Simião, Urias Simango e outros estiveram juntos com os colonos portugueses que ocuparam a Rádio Clube de Moçambique em protesto contra a assinatura dos Acordos de Lusaka. São esses que você chama camaradas ? Vamos evitar na Televisão Pública usar qualificativos para pessoas que mesmo sendo moçambicanas traíram o povo.”

Mas a zanga do veterano da luta de libertação nacional não termina por aqui. Marcelino dos Santos considera que na Frelimo já não há debates sobre assuntos importantes em prol do povo e condena com veemência o abandono da construção do socialismo de orientação marxista em troca da economia do mercado.

“A mudança de um sistema para o outro, isto é do socialismo discutido e aprovado em Congresso, para o capitalismo não foi debatido dentro da Frelimo, como mandam as regras do partido. Isso começou com Chissano e continuou com Guebuza. Não foi seguida a metodologia da Frelimo. Isso está errado –disse Marcelino dos Santos.

Fonte:  Voz da América – 14.09.2012

6 comentários:

Anónimo disse...

Este Senhor assume este sentimento porque tem de desviar as atençöes da sua própria pessoa,ou seja,alguém que nada fez em prol do seu País, pós Independência.Há 38 anos que nada faz senäo berrar os feitos do colonialismo e os efeitos protagonizados pelos outros.Como ele foi sempre uma personagem que se autocriou a boleia dos outros tais como Eduardo Mondlane e Samora Machel.E quando este último quis proceder a mudanças no País,o dito veterano Dos Santos,näo gostou uma vez que isso contrariava os seus interesses com os Soviéticos e Cubanos.Assim como nada pôde fazer uma vez que vozes de burros näo chegam aos Céus,optou pelo afastamento mas continuando com a velha cançäo contra Joana,Urias e os Portugueses.Gostaria que ele respondesse a duas questöes apenas:Quem traíu Machel?Quem mandou assassinar Machel?Näo sabe de certeza?OK,continue no seu velho gramafone,pode ser que alguém lhe dê atençäo.

Anónimo disse...

Eu nao posso deixar as coisas assim, tenho qu responder ao que foi dito e nao dito> A verdade e a seguinte a uniao Sovietica e que foi a maior de todas as quedas do genero umano, eles esploraram o povo Mocambicano mais do que os colonos, os colonos eram mesmo bons, cada muleque tinha comida, casa e dinheiro, e agora o que tem? gracas aos portugueses o povo sabe ler e escrever, nao havia fome nem nada. Quanto a esses khafandames i Simangos esses eram oportonistas da primeira, nao tinhao nada a ver com o povo. Agora se ha descontentes contra esse Marcelino isso e mesmo de ma fe e contra os interesses do povo, pois marcelino e filho do povo e um heroe nacional embodeiro vivo. Se alguem ontem esteve ao lado do inimigo nao sera hoje que vai mudar de disco, e lembrem se que na mesma banheira nao se toma banho duas vezes. Isso e tudo o que tenho para dizer sobre esta materia bem nefralgica para o povo.

Karimo Abdala

Anónimo disse...

Nguiliche


Sr.Karimo, nao esquece que está falar de Urias Sinmango vice-presidente da Frelimo. É primeira experiencia vinda da Frelimo em que um vice-presidente orquestra "golpe de Estado", que é mesmo que golpear a si proprio. Já vimos generais, capitãs envolvidos em golpes de estado.
Leia o historial de Urias Simango, sem convicçoes, e procura perceber quando é que ele fica reaccionário, e os que lhe chamam hoje reaccionario em que posiçao hierarquica estavam na altura, quiça perceberá que nao há nenhuma permissa que conduz ao pensamento de reaccionario.
O facto de Urias Simango ter aparecido com os alegados portugueses na Rádio, nao pode ser elemento para deduzir que ele estava contra a independencia de Moçambique. É preciso buscar mais elementos, se os tais portugueses nao tenham pretendido se aproveitarem da sua situçao da dentro da Frelimo. Entretanto, a luta da Frelimo nao foi contra os portugueses mais sim contra o colonialismo, e a Frelimo estava ciente que o colonialismo nao está na cor das pessoas mas no seu comportamento, por isso as sábias palavras do Samora "nao lutamos para substituir o colonialismo". Portanto Samora estava ciente que poderiamos entrar num colonialismo autoctone nao classico, em que ja temos que carregar branco nas costas, mas trabalharmos para o beneficio de um grupinho. Meia palavra basta.

Até a proxima esquina

Anónimo disse...

O Marcelino dos Santos está a furtar-se da culpa de ter orquestrado com sucesso a morte de Eduardo Mondlane. O Simango que ele acusa sabia-o muito bem e por isso o mandou eliminar. Marcelino dos Santos é o pior sacana que o país tem. Ele e a ex-esposa de Mondlane, um dia terão que falar como esse líder morreu e como urdiram as mentiras de culpar Simango.

Anónimo disse...

Nguiliche

Sr. Karimo Abdala, sabe onde estao ou onde estava em 1975 as personalidade na lista a seguir


Staff da Frelimo (1962)



1. Dr. Eduardo Chivambo Mondlane
- Presi¬dente

2. Reverendo Urias Timóteo Simango
- Vice Presidente

3. David
José M. Ma¬bunda - Secretário-Geral

4. Paulo J. Gumane - Vice-Secretário
Geral

5. Jaime Mussadala - Tesoureiro Geral

6.João Mauenda - Vice-Tesoureiro

7. Rafael S.
Nungu - Secretário Administrativo

8. Mateus M. Mmole
– Vice-Secretário Administrativo 4

9. Lourenço
Mutaca - Secretário Financeiro

10.Leo
Milas - Secretá¬rio de mobilização

11.Lourenço
Millinga - Vice secretário de mobili¬zação

12.Marcelino
dos Santos - Secretário de assuntos exterior

13.F.
Dewase - Secretá¬rio da Juventude

Anónimo disse...

Minhas grandes saudancoes aos queridos leitores; quero concordar com o sr. Nguiliche, existem algumas pessoas que infelizmente ainda vivem historias frustrantes que a Frelimo anda a propagar, mas o tempo deles (Frelimo) esta no limite, porque os Mocambicanos, aos bocados vao conhecendo a verdadeira historia de Mocambique.