O Ministério Público pediu a pena de morte para o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak. Moustafa Souleimane acusou o ex-presidente pela morte dos manifestantes que se revoltaram contra o seu regime.
"A lei prevê a pena de morte para o assassinato premeditado", afirmou Suleimane durante a sua declaração no tribunal do Cairo onde o ex-chefe de Estado é julgado.
"O presidente da República é responsável pela proteção do povo. A questão não é apenas se ele ordenou a morte dos manifestantes mas saber por que é que ele não atuou para interromper a violência", acrescentou.
"Como o presidente da República poderia não estar a par das manifestações que começaram a 25 de janeiro em 12 localidades de várias cidades?", completou o advogado, ao rejeitar as alegações de que Mubarak não foi informado sobre a gravidade da situação.
Moustafa Souleimane argumentou ainda que o então ministro do Interior Habib el-Adli, que também está a ser julgado, "não poderia ter dado a ordem de abrir fogo contra os manifestantes sem receber instruções de Mubarak".
Hosni Mubarak, de 83 anos foi derrubado em fevereiro de 2011. Encontra-se em prisão preventiva num hospital militar nos arredores do Cairo há uns meses e está atualmente a ser julgado por ter ordenado o uso da força contra os manifestantes que se revoltaram contra o seu regime.
O ex-dirigente egípcio voltou a comparecer hoje em tribunal, onde ouviu o procurador do Ministério Público responsabilizá-lo pela morte de civis que protestavam contra o regime e, em consequência, pedir a aplicação da pena capital.
Rita Afonso com AFP
In Notícias Sapo - 05.01.2012
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