O Banco de Desenvolvimento Africano anunciou que a classe média no continente está a aumentar e que abrange agora cerca de 300 milhões de pessoas.
O estudo agora divulgado pelo Banco de Desenvolvimento Africano conclui que cerca de um terço dos 900 milhões de africanos podem ser incluídos na classificação de classe média.
O Banco inclui contudo nesse grupo cerca de 191 milhões de pessoas consideradas como um grupo flutuante e que têm rendimentos entre 2 a 4 dólares diários.
De acordo com o vice-presidente daquela instituição financeira, Mthuli Ncube, esse grupo é instável e vulnerável a um regresso à pobreza: “ existe contudo um grupo, definido como a classe média baixa, que dispõe de 2 a 4 dólares por dia. Esse grupo é vulnerável a convulsões.”
Tunísia, Gabão e Botswana têm as maiores classes médias enquanto a Libéria, Moçambique e Ruanda têm as menores.
A classe média africana propriamente dita é composta de 123 milhões de pessoas que gastam entre 4 a 20 dólares por dia e que são economicamente estáveis.
Segundo Ncube esse grupo é o motor do crescimento económico futuro no continente africano: “ a classe média é não só uma fonte de dinamismo económico como também uma fonte de empreendimentos e é portanto uma fonte de crescimento económico sustentável.”
Aquele responsável do Banco de Desenvolvimento Africano deu como exemplo o caso do Gana , país onde desde 2006 o número de proprietários de automóveis e motocicletas aumentou 81%.
Ncube referiu ainda que a classe média fez aumentar o rendimento per capita africano e que as pessoas daquele escalão económico constituem a maioria dos proprietários de automóveis e de habitações em África.
Para além disso são consumidores das novas tecnologias da comunicação tais como a Internet e os telemóveis e muitos deles mandam os seus filhos estudarem no estrangeiro especialmente na África do Sul, Estados Unidos e Europa.
Neste momento a Tunísia, o Gabão e o Botswana têm as maiores classes médias enquanto a Libéria, Moçambique e Ruanda têm as menores.
Fonte: Voz da América - 06.05.2011
Reflectindo: aqui também estamos na cauda. Que podemos concluir sobre o enriquecimento ilícito, exclusão e democracia? Porque considero importante este estudo, confesso aos leitores do Reflectindo que estou o procurando e prometo publicá-lo quando eu o tiver encontrado.
Sem comentários:
Enviar um comentário