Contagem paralela sustenta protesto
do MDM em Gurué
O MDM apresentou um protesto formal ao Conselho Constitucional sobre os resultados em Gurué, alegando que o seu candidato, Orlando Janeiro António, obteve mais votos para presidente da autarquia do que o candidato da Frelimo, Jahanguir Hussen Jussub.
O MDM apresentou um protesto formal ao Conselho Constitucional sobre os resultados em Gurué, alegando que o seu candidato, Orlando Janeiro António, obteve mais votos para presidente da autarquia do que o candidato da Frelimo, Jahanguir Hussen Jussub.
Gurué é um dos municípios onde houve uma contagem paralela completa, cujos números coincidem com os apresentados pelo MDM. O Boletim tem uma cópia formal do protesto formal do MDM.
Gurué também é incomum, porque a CNE tirou 40 votos do candidato do MDM e deu-os ao candidato da Frelimo, sem nenhuma explicação.
Estes são os quatro resultados diferentes:
MDM: Jussub 6626 António 6679
PVT: Jussub 6626 António 6678
CDE: Jussub 6695 António 6669
CNE: Jussub 6735 António 6629
MDM = Movimento Democrático de Moçambique
PVT = contagem paralela (parallel vote
tabulation)
CDE = Gurué Comissão Distrital de
Eleições
CNE = Comissão Nacional de Eleições
Os totais da CNE são antes da adição de
votos nulos requalificados, que deram 31 a Jussub e 7 a António. De acordo com
o PVT, este ainda dá António uma vantagem de 39 votos.
MDM protesta em Maputo
MDM não apresentou queixas ao Conselho
Constitucional para sete dos nove municípios onde havia apresentado queixas
inicialmente à CNE e todas foram rejeitadas. O MDM recusou-se a mostrar as
cópias desses protestos. Entretanto, apresentou ao Conselho Constitucional, uma
queixa sobre a eleição na cidade de Maputo e disponibilizou a cópia.
A CNE rejeitou os protestos do MDM,
alegando que eles não foram submetidos ao nível mais baixo possível. Mas o MDM
deu do Conselho Constitucional as cópias das submissões para a comissões
eleitorais de cidade de Maputo e província.
A principal queixa é sobre a detenção e
expulsão de delegados do MDM das assembleias de voto, o que ele diz que levou
ao enchimento de urnas, pois não havia fiscais da oposição. MDM diz que quatro
delegados foram presos no dia da votação e detido por até três dias antes de
ser libertado sem acusações. Em todos os casos, a polícia afirmou que a
credencial emitida pelo STAE era falsa. Outro delegado foi expulso da
assembleia de voto, quando o administrador local, disse que os delegados só
poderia estar na assembleia de voto onde foi registado (o que a lei não prevê).
O MDM também afirma que foi encontrado
um funcionário de STAE da cidade de Maputo reescrever folhas de resultados
(editais), depois que já tinham sido assinado e concluídos.
Fonte: CIP (Centro de Integridade
Pública) e AWEPA, (the
European Parliamentarians with Africa)
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