Possíveis figuras que “andam na cabeça” do Chefe de Estado para as gerais de 2014
Entende o Africamonitor intelligence que
acrescenta que estava nos planos de Guebuza, fortificar a sua capacidade de
decisão, através de “vitórias retumbates e onfortaveis”
Apesar de em todas as aparições públicas já
registadas depois da votação de 20 de Novembro e 1 de Dezembro, os membros
seniores da Frelimo não terem reconhecido publicamente preocupação em torno dos
resultados divulgados inicialmente e há mais de uma semana pelos órgãos eleitorais
locais, é dado certo que a Frelimo está realmente preocupada com a postura e
comportamento exibidos por “muitos” eleitores que carregaram nas costas o MDM,
colocando este partido quase na condição de ser declarada a segunda força
política mais importante do país.
Entretanto, em surdina e internamente, as
conversas têm estado a acontecer de forma azeda com acusações mútuas das alas
que se diz existirem no seio do partido governamental.
Nisto, a última edição do Africamonitor intelligence
aponta que os resultados conseguidos pela Frelimo, apesar de ter sido
declarado vencedor em 50 das 53 autarquias estão, em larga medida a preocupar
os quadros e dirigentes deste partido, na medida em que podem significar um
cartão amarelo que pode ainda robustecer a oposição nas gerais de 2014.
Concretamente, em relação ao futuro
candidato presidencial pelo partido Frelimo, que muitos acreditaram
que seria à medida de Guebuza, o Africamonitor
avança que os resultados magros conseguidos na votação de 20 de Novembro e 1 de
Dezembro, podem ter mudado este caminho. Ou seja, porque os resultados são
entendidos como demonstração de insatisfação popular pelo desempenho do governo
de Armando Guebuza, os mesmos reduziram e muito o poder decisório de Guebuza,
pelo que a indicação do futuro
candidato presidencial deva resultar de uma
escolha consensual e mais ponderada.
“É corrente a ideia de que a “magreza” da vitória
eleitoral o obrigará a fazer concessões na escolha” – diz o Africamonitor.
A ter havido uma vitória substancial e
confortável da Frelimo e seus candidatos, tornava Armando Guebuza e a sua ala no
seio do partido mais forte e com capacidade de avançar sem necessidade de
muitas consultas, tudo no caminho virado às presidenciais de 2014.
“Uma vitória eleitoral substancial da Frelimo
fazia parte dos cálculos de Armando Guebuza e da sua ala no partido, tendo em
vista um reforço da sua liderança. O propósito era o de suplantar os seus
opositores internos, de modo a criar ambiente para melhor afeiçoar ao seu
interesse decisões como a escolha do candidato presidencial”–diz o Africamonitor.
Através do seu porta-voz, Damião José, a
Frelimo já publicamente apareceu a reconhecer as derrotas eleitorais em
Quelimane, Beira e Nampula, ao mesmo tempo que aproveita os momentos para
felicitar os seus adversários políticos.(redacção)
Fonte: Mediafax – 09.12.2013
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