– MINED ALUNA EXAMES DA 2ª ÉPOCA EM GAZA

As provas referentes aos exames da 2/a época da 10/a e 12/a classes foram anulados em cinco distritos da província meridional de Gaza, na sequência da fraude académica detectada entre os examinandos em todas as disciplinas.

A descoberta da fraude aconteceu durante o processo de realização das provas, havida de dois a seis do corrente, devendo, para o efeito, serem novamente feitas entre os dias seis a 10 de Janeiro próximo em todas as escolas dos distritos visados, nomeadamente Bilene, Chibuto, Chókwè, cidade e distrito de Xai-Xai.

Eurico Banze, porta-voz do Ministério da Educação, citado pelo Jornal “Notícias”, disse que grande dos alunos que realizaram exames da 2/a época nos cinco distritos tinham respostas certas nos respectivos telemóveis facultadas via mensagens (SMS) por alguns professores e outros indivíduos falsificadores.

“Grande parte das respostas encontradas nos telemóveis dos estudantes os números usados pelos remetentes consta um número significativo dos professores, para além de indivíduos ligados às diferentes redes de falsificação”, disse Banze. 

À medida que as investigações decorriam, os estudantes foram indicando mais professores envolvidos na fraude, uma vez que, usando os seus números de telemóveis, foram enviando respostas aos estudantes.

Entretanto, não foi avançado até então o número exacto de professores muito menos dos outros indivíduos envolvidos no acto criminal. 

Banze referiu que entre as razões que levaram o MINED a anular os exames da 2/a época nos cinco distritos pesou o facto de um número bastante elevado de estudantes ter obtido notas surpreendentes comparativamente ao que foi o seu desempenho da primeira época. 

“Alguns estudantes que na primeira época obtiveram 1,5 valores, na 2ª época conseguiram 16 valores, tendo saído de zero para 17 valores. A diferença é muito grande, ou seja, claramente conclui-se que houve fraude”, explicou o porta-voz.

Banze disse que o MINED vai proibir futuramente a entrada de telemóveis no pátio da escola durante o período de exames, por estarem a ser usados para manchar o processo. 

“Não vamos descansar até identificar os autores da fraude para responderem pelos seus actos. Sabemos que o processo falhou desde o início, ou seja, assim que os exames foram alocados à província houve desvio de comportamento por parte de alguns colegas, o que permitiu a subtracção de documentos confidenciais e que só deveriam ser abertos na hora da correcção dos exames”, sublinhou.

Fonte: AIM - 28.12.2013