terça-feira, janeiro 02, 2007

Reacção do antigo proprietário do “O País”

31/12/2006

A senhora Flávia dos Santos Neto, irmã de Virgínia Matabele, Ministra da Mulher e Acção Social, foi funcionária de uma empresaque já não existe há longa data chamada Emirec. Essa empresa e o vencimento que a própria senhora Flávia recebia dependia exclusivamente de uma outra empresa portuguesa que entretanto se retirou do mercado. Quando isso aconteceu, a senhora Flávia foi informada que não existiam condições para continuar a receber o mesmo salário, mas que a Emirec faria os possíveis para lhe pagar durante mais um período a fim de lhe possibilitar procurar um outro local de trabalho. Este assunto foi abortado verbalmente por várias ocasiões com a senhora Flávia.

A Emirec era uma empresa inexistente quando o jornal O País se mudou para as suas instalações. Tendo em conta que a dona Flávia nunca teve qualquer vínculo contratual com o jornal O País, mas dado o facto de ela ter manifestado interesse em tentar desenvolver alguma actividade foi-lhe dada a possibilidade de ser angariadora de publicidade, uma actividade a título de colaboração, sem qualquer compromisso com o jornal, tendo igualmente sido colocada na secretaria, não só porque lá é que geriam questões relacionadas com a publicidade como também ser evidente que a Redacção precisava de crescer e o espaço que ela ocupava se ter tornado necessário.

Vendo que nada conseguia no campo de angariação de publicidade, a senhora Flávia abandonou o seu posto de trabalho e durante algum tempo não voltou a ser vista.

Entretanto, antes de ter abandonado intempestivamente as instalações, a senhora Flávia pediu uma carta de recomendação alegando que tinha encontrado um novo lugar para trabalhar.

Aproveitou-se da nossa boa-fé para apresentar essa carta redigida em papel com o logotipo do jornal O País no Tribunal como prova de que trabalhava no jornal e exigindo uma choruda indemnização. Só que essa carta de recomendação não dizia que ela era funcionária do jornal, sublinhando tão só as suas qualificações técnicas como secretária. Até agora desconhecemos as razões que levaram a douto Tribunal a decidir, em tempo tão célebre para a usual morosidade dos nossos tribunais, a favor da queixosa, não tendo em conta os factos assim como o testemunho presencial de jornalistas de O País.

De notar que a empresa Editores Associados Lda, integrada no grupo de comunicação de que fazia parte o título O País, ficou em 2002 sem a maoir parte dos seus bens como viaturas, computadores, equpamento fotográfico e outros itens esbulhados, numa atitude ilegal e abusiva levada a cabo pela Administração e Direcção Geral da Sociedade Notícias SARL.

O que aconteceu com a STV nos dias 28 e 29 é apenas a extensão de uma injustiça cometida anteriormente, quando o Tribunal se pronunciou a favor de um processo movido por uma trabalhadora que nada tem a ver com a entidade processada, entidade essa que não tinha capacidade de admitir ou demitir pessoal e ainda por cima foi ela própria que abandonou voluntariamente as instalações da ex-Emirec e de O País.

Nota: Quando o jornal O País foi cedida ao grupo SOICO, em Maio de 2005, a semhora Flávia já tinha abandonado as instalações onde funcionava sem qualquer explicação. O julgamento aconteceu com uma rapidez impressionante, uma vez que o jornal foi vendido em Maio e o julgamento teve lugar no início de Setembro desse ano.

Estamos solidários com o Grupo SOICO

Esperançados que através de resposta a justiça a que nos concerne também seja dignificada a boa imagem a que temos direito.

O País Online (2006-12-31)

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