O Conselho Municipal da cidade da Beira, em Sofala, sob direcção do partido Renamo mantém firme a sua posição de não entregar ao partido Frelimo os 15 imóveis que o Tribunal Judicial da Província de Sofala julgou a favor deste partido no poder há mais de 30 anos.
No entanto, veio a terreiro, sexta-feira última, o delegado da “Perdiz” naquele ponto do país, Fernando Mbararano, repisar a decisão do seu correligionário, Deviz Simango, edil da Beira.
Esta fonte considerou que o Tribunal de Sofala não foi isento no julgamento deste caso, que punha em disputa 15 imóveis, cujo partido Frelimo reclamava serem suas propriedades.
“Notámos que há falta de isenção na resolução dos casos, principalmente quando se tratam de casos do partido Frelimo. O Tribunal a todo custo mesmo ilegalmente tem de dar razão ao partido Frelimo”, esclareceu o delegado da Renamo, citando outros casos em que as autoridades judiciais de Sofala beneficiaram a Frelimo.
Outro aspecto que surpreende sobremaneira o partido Renamo na Beira é o facto de no relatório de entrega de poderes entre o antigo edil da Beira, Chivavisse Muchangage, da Frelimo, e o actual presidente do Município, não existirem informações que indiquem que aqueles edifícios pertencem à Frelimo.
“Isto é lamentável, porque no dia que o Governo central da Frelimo cair, veremos casas do Governo à serem entregues ao partido Frelimo”, analisou Fernando Mbararano.
A fonte que temos vindo a citar acrescentou que o actual Primeiro-secretário do partido Frelimo em Sofala, Lourenço Bulha, que na direcção de Muchangage liderava a Assembleia Municipal nunca antes tinha advogado os imóveis em causa como sendo do partido Frelimo.
Fonte: O País online (14/01/2007)
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