Antigos guerrilheiros da Renamo reunidos em Quelimane, de 28 a 30 de Dezembro de 2006, surgem com a exigência da necessidade urgente de cimeira entre o Presidente da República, Armando Guebuza, e o líder da “perdiz”, Afonso Dhlakama, que gostaríamos de entender o seu alcance.
Guebuza e Dhlakama podem encontrar-se sempre que tiverem saudades um do outro, para tomarem café e conversa amena, ambos são vizinhos, figuras importantes para a estabilidade do País. Não vemos a utilidade que se volte a discutir temas debatidos pelo parlamento. Isso significaria passar certificado de incompetência às instituições.
Conhecemos os constrangimentos da ditadura do voto. Não insinuamos que a Renamo não tenha razões para revisitar o Acordo Geral de Paz. Há graves irregularidades com carácter criminal nas eleições - enchimento de urnas com votos falsos, trocas intencionais de cadernos, prisões dos fiscais da oposição e utilização de um softaware viciado.
Gostaríamos de ver a Renamo activa, na dianteira com gente competente disputando temas importantes, integrando órgãos cruciais - CNE e o STAE. Queríamos ver a Renamo musculada e sua cúpula próxima das pessoas, para evitar a derrapagem do País ao monopartidarismo. Porém, não é o que se vê no quotidiano.
Em Roma, enquanto se debatia a problemática da Paz, Chissano chamava seu irmão, para um bate-papo, de onde saiam recomendações para a delegação da Renamo abandonar certas exigências. Ao fim de dois anos de disputa, nasceu um AGP com defeitos congénitos que dificultam a Renamo ser poder.
Apesar de enormes vantagens militares que a Renamo tinha, não conseguiu que seus homens fossem integrados nas forças de segurança.
É o saco azul das empresas estatais que mantém a Frelimo fresca, robusta, musculada, e a Renamo não se faz presente.
Além da RENAMO não existem outras bases do poder significativo no país que possam competir com o partido no poder e engendrar um ambiente político mais transparente e de responsabilização, sublinha o relatório da USAID, 2006.
Por isso, a Renamo, ao invés de cimeiras, deveria treinar fiscais, proporcionando-lhes alimentos para não abandonarem seus postos à procura de mandioca seca e evitar que se subornem. O que se espera de fiscais esfomeados e a dormitarem de fome?
Não será escândalo para ninguém se, nas próximas eleições, Chissano for destacado para fiscal de mesa enquanto graúdos da Renamo curtem a vida nas praias, passeando em seus RANGER’s ou refugiados, em Maputo, com medo do homem do saco, cantado pelo kota Bonga.
Trabalhando, de modo organizado e persistente, a Renamo pode impedir a Frelimo de meter a bola com a mão.
O discurso de Dhlakama que nunca perdi uma única eleição, inquieta o povo que vê a Renamo adormecida.
Os esforços do regime de retornar ao monopartidarismo devem-se à falta de estratégia da oposição, em particular, da Renamo cuja liderança se ocupa mais de seminários e comícios, quando deveria organizar as bases.
TRIBUNA FAX - 24.01.2007
Guebuza e Dhlakama podem encontrar-se sempre que tiverem saudades um do outro, para tomarem café e conversa amena, ambos são vizinhos, figuras importantes para a estabilidade do País. Não vemos a utilidade que se volte a discutir temas debatidos pelo parlamento. Isso significaria passar certificado de incompetência às instituições.
Conhecemos os constrangimentos da ditadura do voto. Não insinuamos que a Renamo não tenha razões para revisitar o Acordo Geral de Paz. Há graves irregularidades com carácter criminal nas eleições - enchimento de urnas com votos falsos, trocas intencionais de cadernos, prisões dos fiscais da oposição e utilização de um softaware viciado.
Gostaríamos de ver a Renamo activa, na dianteira com gente competente disputando temas importantes, integrando órgãos cruciais - CNE e o STAE. Queríamos ver a Renamo musculada e sua cúpula próxima das pessoas, para evitar a derrapagem do País ao monopartidarismo. Porém, não é o que se vê no quotidiano.
Em Roma, enquanto se debatia a problemática da Paz, Chissano chamava seu irmão, para um bate-papo, de onde saiam recomendações para a delegação da Renamo abandonar certas exigências. Ao fim de dois anos de disputa, nasceu um AGP com defeitos congénitos que dificultam a Renamo ser poder.
Apesar de enormes vantagens militares que a Renamo tinha, não conseguiu que seus homens fossem integrados nas forças de segurança.
É o saco azul das empresas estatais que mantém a Frelimo fresca, robusta, musculada, e a Renamo não se faz presente.
Além da RENAMO não existem outras bases do poder significativo no país que possam competir com o partido no poder e engendrar um ambiente político mais transparente e de responsabilização, sublinha o relatório da USAID, 2006.
Por isso, a Renamo, ao invés de cimeiras, deveria treinar fiscais, proporcionando-lhes alimentos para não abandonarem seus postos à procura de mandioca seca e evitar que se subornem. O que se espera de fiscais esfomeados e a dormitarem de fome?
Não será escândalo para ninguém se, nas próximas eleições, Chissano for destacado para fiscal de mesa enquanto graúdos da Renamo curtem a vida nas praias, passeando em seus RANGER’s ou refugiados, em Maputo, com medo do homem do saco, cantado pelo kota Bonga.
Trabalhando, de modo organizado e persistente, a Renamo pode impedir a Frelimo de meter a bola com a mão.
O discurso de Dhlakama que nunca perdi uma única eleição, inquieta o povo que vê a Renamo adormecida.
Os esforços do regime de retornar ao monopartidarismo devem-se à falta de estratégia da oposição, em particular, da Renamo cuja liderança se ocupa mais de seminários e comícios, quando deveria organizar as bases.
TRIBUNA FAX - 24.01.2007
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