quarta-feira, janeiro 03, 2007

Finanças: Inimigo número 1 da Renamo

Na hora de balanço

... “Três biliões de Meticais não é nada ... muitos membros do partido pensam que os 3 biliões são suficientes para cobrir todas as despesas do partido. Alguns membros que estão nas províncias quando ouvem dizer 3 biliões, pensam que o partido tem muito dinheiro”, Afonso Dhlakama ao mediaFAX.
Vamos iniciar o processo de sensibilização para quotização

Maputo – O Presidente da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakma concedeu em finais do mês passado, uma longa entrevista ao mediaFAX onde entre outros assuntos, aborda a problemática financeira do seu partido.
Nessa entrevista, Dhlakama faz uma profunda incursão a vida financeira do seu partido e desfaz equívocos quanto ao orçamento de cerca de 3 biliões de meticais ( pouco mais de 100 mil dólares) que recebe do erário público .
Diz que esse dinheiro é irrelevante para manter de pé, a vida do partido com dois milhões de membros espalhados por todo o país.
Dada a pertinência e actualidade que o assunto encerra mediaFAX, transcreve excertos da referida entrevista em que Dhlakama, descreve “as finanças como principal inimigo da Renamo”. A entrevista foi conduzida por Fernando Mbanze.

mediaFAX – Como é que a Renamo avalia o cumprimento do seu plano de actividades e do seu programa de trabalho em 2006?

Afonso Dhlakama (AD) – Com certeza, qualquer partido tem sempre uma agenda a cumprir. Em Janeiro, nós de facto traçamos um plano. Quantos membros temos que recrutar este ano, quais são as províncias estratégicas que devem ser mais apoiadas. Quais são as províncias que o presidente deve visitar mais, onde é que temos que colocar mais recursos financeiros...
Essas metas são traçadas com base em recursos disponíveis. Muitas vezes, são traçadas sem recursos, mas sempre na expectativa de termos recursos para realizarmos as actividades. Isto acontece com todos os partidos, até de países ricos.
Mas eu posso dizer, como partido da oposição, tão pobre em termos de finanças, mas muito rico em termos de popularidade e crescimento, que fizemos muito, embora sejamos pobres. Os relatórios que nos enviaram das províncias dizem claramente isso, embora alguns relatem que só cumpriram até aos 50/60 por cento por alguns constrangimentos identificados e justificados. Mas, no geral fomos até aos 90 por cento de cumprimento do plano.
Finanças: Inimigo 1
...Eu quero confessar aqui que o nosso inimigo nº 1 são as finanças. Claramente, eu digo que o que temos não é suficiente para um partido grande como este. Não é, não é mesmo.

mediaFAX – Quanto é que Renamo recebe de facto mensalmente?
Dhlakama – Bom eu não posso dizer quanto é...
mediaFAX – Fala-se de 3 biliões
Dhlakama – Ronda os 3 biliões e qualquer coisa. Mas quando se fala de 3 biliões de Meticais da antiga família para um grande partido como este, sinceramente, eu digo meu irmão que não é nada esse dinheiro.
mediaFAX – De quanto é que a Renamo precisaria para manter a sua máquina de actividades de pé?
Dhlakama – De muito mais. Não posso dizer concretamente, talvez se estivéssemos aqui com o contabilista do partido, saberíamos de quanto é que a Renamo precisaria. Mas, tenho a certeza de que o partido precisa de muito mais.
mediaFAX – E quais são as alternativas para cobrir o défice?
Dhlakama – A alternativas que estamos a buscar agora, é que estamos a introduzir uma nova mentalidade nos membros do partido. Porquê? Eu quero confessar que muitos membros do partido pensam que os 3 biliões são suficientes para cobrir todas as despesas do partido. Alguns membros que estão nas províncias quando ouvem dizer 3 biliões, pensam que o partido tem muito dinheiro (risos). Então é preciso meter nas cabeças dos membros a necessidade de contribuírem em termos de pagamento de quotas.
Todos membros que temos, se cada um contribuísse com apenas 2 contos da antiga família, teríamos dinheiro para satisfazer algumas necessidades que temos.
mediaFAX – Está a falar mais ou menos de quantos membros?
Dhlakama – Acima de 2 milhões. Estes são membros inscritos mesmo. Do Rovuma ao Maputo. Estes são membros efectivos com cartão na mão. E esses são voluntários. Não aquilo que os outros partidos fazem entregando cartões à força. Portanto, aquilo que pude observar, nas visitas que fiz do Rovuma ao Maputo, dos relatórios que recebemos, concluímos que atingimos 90 por cento da agenda programada. (Fernando Mbanze)
MEDIA FAX – 02.01.2007

1 comentário:

Anónimo disse...

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