Por Mouzinho de Albuquerque
EFECTIVAMENTE, tudo na nossa vida, e não só, as recordações sobre aquilo que fizemos ou fazemos para o nosso bem, com base na política, se deveria pautar pelo imperativo da verdade e particularmente pelo bom senso que pudesse conferir a credibilidade e seriedade das nossas posturas políticas quando quiséssemos combater qualquer mal que nos apoquentasse, como a pobreza absoluta.
Se não é que tenhamos uma convicção de que uma nação que gozasse de uma paz duradoira, como a nossa, depois de um conflito longo e sangrento, cairia tarde ou depressa na hipocrisia política ou noutra invencionisse, mas é preciso que "cultivemos" as nossas mentes que, independentemente de sermos deste ou daquele partido político, a qualidade de vida a dar aos moçambicanos deve ser a principal preocupação.
É que há ou já começamos a assistir a situações que se podem considerar de inesperadas ou mesmo inexplicáveis, que, por vezes, nos deixam atónitos e um tanto ou quanto incrédulos, como um cidadão atento, dando a transparecer uma certa hipocrisia política e aparente "brincadeira" e desorientação na luta contra a pobreza em Moçambique, por parte de alguns dos nossos políticos e governantes.
O administrador de um distrito de Nampula disse num comício popular que no seu distrito o combate à pobreza estava a surtir efeitos desejados e que a curto prazo a vitória sobre esse mal seria certa. É um discurso que contrasta profundamente com a realidade que se vive actualmente no distrito, em que, à semelhança do que acontece noutros pontos do país, "cantar" agora vitórias contra a pobreza só pode caber nas cabeças de políticos e governantes hipócritas e sem alto valor de intervenção séria e criativa.
Sabe-se que nunca se deixou de "gritar" na nossa terra, por questões políticas ou politiquices, por boas e más razões, mas um ministro, governador provincial, administrador distrital, primeiro-secretário da Frelimo ou qualquer dirigente, vir a público dizer adeus pobreza em Maputo, Nampula, Gaza, Inhambane, Manica, Sofala, Cabo Delgado, Niassa, Zambézia e Tete, porque viu certas acções de combate à pobreza, mesmo que não justifiquem tal "proclamação", não pode ser mais nada senão a hipocrisia política e até um "insulto" às populações "flageladas" pela pobreza.
Tenhamos boas maneiras de pensar. Estas são atitudes que não nos levam a lado algum nesta luta compatriotas! Todavia, é actuar sem honestidade e achar pouco o que a maioria dos moçambicanos sofre em "dores" da pobreza prevalecente e humilhante.
São posturas que nos entristecem e nos indignam num momento em que o Governo tem impiedosamente que assumir que a pobreza existe e que a sua "derrota" vai levar tempo, porque em parte há hipocrisia política por parte de alguns dirigentes deste país que enveredam sempre pelo mesmo discurso. Até porque o próprio Presidente da República, Armando Guebuza, que lançou este grande desafio à nação após ter sido eleito e tomado posse, apesar de reconhecer haver um trabalho visível nesta luta, ainda não disse adeus à pobreza em Moçambique, em proclamação da vitória final contra este mal social.
É que na realidade seria mentira. Se bem que a subordinação do poder político ao poder económico "acorda-nos" as consciências e faz-nos pensar na pior das hipóteses e os que ainda acreditam nas virtualidades da democracia já sugerem que os discursos políticos deveriam deixar de existir, se queremos ser sérios na luta contra a pobreza em Moçambique, mas devemos saber que a falta de outras visões nesta "batalha" por puras razões de jogo partidário desenvolvido no mais baixo tabuleiro da política, podem ser um grande entrave.
Longe de despedir pobreza
É certo que algo está sendo feito no combate à pobreza, mas ela ainda está muito longe de ser "despedida" a não ser que os detentores do poder, sobretudo, só a usem para igualmente fazerem valer os seus protagonismos políticos.
Já basta! A hipocrisia política não pode fazer com que baixemos os braços neste combate nem pormo-nos a bater com a cabeça nos muros de "artimanhas" dos ministérios, dos edifícios dos governos provinciais, administrações distritais e outras instituições, incluindo sede dos partidos políticos, apresentando estratégias inadequadas e fora do contexto social, quando queremos ultrapassar a pobreza a curto prazo.
Se não é que tenhamos uma convicção de que uma nação que gozasse de uma paz duradoira, como a nossa, depois de um conflito longo e sangrento, cairia tarde ou depressa na hipocrisia política ou noutra invencionisse, mas é preciso que "cultivemos" as nossas mentes que, independentemente de sermos deste ou daquele partido político, a qualidade de vida a dar aos moçambicanos deve ser a principal preocupação.
É que há ou já começamos a assistir a situações que se podem considerar de inesperadas ou mesmo inexplicáveis, que, por vezes, nos deixam atónitos e um tanto ou quanto incrédulos, como um cidadão atento, dando a transparecer uma certa hipocrisia política e aparente "brincadeira" e desorientação na luta contra a pobreza em Moçambique, por parte de alguns dos nossos políticos e governantes.
O administrador de um distrito de Nampula disse num comício popular que no seu distrito o combate à pobreza estava a surtir efeitos desejados e que a curto prazo a vitória sobre esse mal seria certa. É um discurso que contrasta profundamente com a realidade que se vive actualmente no distrito, em que, à semelhança do que acontece noutros pontos do país, "cantar" agora vitórias contra a pobreza só pode caber nas cabeças de políticos e governantes hipócritas e sem alto valor de intervenção séria e criativa.
Sabe-se que nunca se deixou de "gritar" na nossa terra, por questões políticas ou politiquices, por boas e más razões, mas um ministro, governador provincial, administrador distrital, primeiro-secretário da Frelimo ou qualquer dirigente, vir a público dizer adeus pobreza em Maputo, Nampula, Gaza, Inhambane, Manica, Sofala, Cabo Delgado, Niassa, Zambézia e Tete, porque viu certas acções de combate à pobreza, mesmo que não justifiquem tal "proclamação", não pode ser mais nada senão a hipocrisia política e até um "insulto" às populações "flageladas" pela pobreza.
Tenhamos boas maneiras de pensar. Estas são atitudes que não nos levam a lado algum nesta luta compatriotas! Todavia, é actuar sem honestidade e achar pouco o que a maioria dos moçambicanos sofre em "dores" da pobreza prevalecente e humilhante.
São posturas que nos entristecem e nos indignam num momento em que o Governo tem impiedosamente que assumir que a pobreza existe e que a sua "derrota" vai levar tempo, porque em parte há hipocrisia política por parte de alguns dirigentes deste país que enveredam sempre pelo mesmo discurso. Até porque o próprio Presidente da República, Armando Guebuza, que lançou este grande desafio à nação após ter sido eleito e tomado posse, apesar de reconhecer haver um trabalho visível nesta luta, ainda não disse adeus à pobreza em Moçambique, em proclamação da vitória final contra este mal social.
É que na realidade seria mentira. Se bem que a subordinação do poder político ao poder económico "acorda-nos" as consciências e faz-nos pensar na pior das hipóteses e os que ainda acreditam nas virtualidades da democracia já sugerem que os discursos políticos deveriam deixar de existir, se queremos ser sérios na luta contra a pobreza em Moçambique, mas devemos saber que a falta de outras visões nesta "batalha" por puras razões de jogo partidário desenvolvido no mais baixo tabuleiro da política, podem ser um grande entrave.
Longe de despedir pobreza
É certo que algo está sendo feito no combate à pobreza, mas ela ainda está muito longe de ser "despedida" a não ser que os detentores do poder, sobretudo, só a usem para igualmente fazerem valer os seus protagonismos políticos.
Já basta! A hipocrisia política não pode fazer com que baixemos os braços neste combate nem pormo-nos a bater com a cabeça nos muros de "artimanhas" dos ministérios, dos edifícios dos governos provinciais, administrações distritais e outras instituições, incluindo sede dos partidos políticos, apresentando estratégias inadequadas e fora do contexto social, quando queremos ultrapassar a pobreza a curto prazo.
Mais grave ainda é quando essa hipocrisia se junta à má-fé, ao espírito de "deixa-andar", intriga, amiguismo, favoritismo e outras anomalias que aumentam cada vez mais a riqueza de uns ricos e pobreza de outros pobres na nossa pátria amada. Tudo façamos para tentar dar algo a quem tão pouco tem no combate à pobreza, contradições e hipocrisia política à parte. Para tal, precisamos fomentar a formação de consciência colectiva e não exclusiva dos problemas sociais que temos, para que todos apercebamos de como devem as coisas ser feitas na elevação da qualidade de vida dos moçambicanos para a dinamização das economias locais e nacional, para a promoção do emprego e criação de riqueza, numa perspectiva de que ninguém está "autorizado" neste momento a proclamar a vitória sobre a pobreza no país, senão, provavelmente, as gerações vindouras.
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