Olá amigo Jesuino
Como vai essa saúde? Nós, do nosso lado, estamos bem.
E parece que a actuação do Governo também está bem. Eles próprios reuniram-se para avaliar o seu desempenho durante o primeiro ano de actividade e acharam que a avaliação era positiva.
E isto recorda-me, meu caro amigo, que desde a morte de Samora Machel nunca mais ouvi falar de uma avaliação negativa da actuação do Governo.
No tempo dele éramos chamados, de vez em quando, à praça pública onde o ouvíamos criticar duramente, este ou aquele ministro, este ou aquele governador ou director nacional.
Mas essa prática parece ter morrido, também, em Mbuzini.
A partir dessa data vemos sempre pessoas com ar risonho e auto-satisfeitas a dizer que foi feita uma avaliação e ela foi positiva.
Isto num país governado por esses dirigentes tão positivos, há dezenas de anos, e que está no estado em que está.
Pelo contrário, quando a avaliação positiva não vem dos próprios mas sim da população que é servida pelos órgãos que eles dirigem, as coisas parecem já não correr tão bem.
Veja-se o caso dos Correios. Aqui há uns anos estavam num estado caótico, as cartas não chegavam, ou eram violadas, os roubos eram constantes, um mau aspecto geral das instalações.
Entretanto foi nomeado para director Benjamim Pequenino e, rapidamente, as coisas começaram a mudar para melhor.
Eu, pessoalmente, uso bastante os serviços dos Correios, para receber e enviar correspondência. Pois notei que essa correspondência passou a chegar, a tempo e horas, sem ser violada nem roubada.
A sede da empresa foi pintada e está limpa e os funcionários são atenciosos.
E, por cima disto tudo, dizem-me que a empresa dá lucros para o Tesouro Nacional.
Pois ouvi agora que o Conselho de Ministros achou por bem retirar a Benjamim Pequenino a direcção da empresa. O pretexto foi que tinha terminado o seu mandato.
Ora quantos directores de empresa vemos nós permanecerem no cargo, apesar de os sectores que dirigem irem de mau a pior? Conta-os tu, meu caro Jesuino, que eu não tenho paciência para isso.
É verdade que Benjamim Pequenino tem uma má característica negativa e uma péssima característica positiva. A primeira é não ter um cartão do Partido FRELIMO. A segunda é ter um cartão do Partido RENAMO.
E, muito provavelmente, foram estas duas características que ditaram a sua saída do lugar que, tão competentemente, parecia estar a ocupar.
E isto nos mostra, meu bom amigo, que é a fidelidade partidária e não a competência e honestidade que determinam as nomeações em órgãos que são do Estado e não dos partidos.
E assim não se vai longe.
Por muito que as avaliações, feitas pelos próprios, continuem a ser positivas.
E parece que a actuação do Governo também está bem. Eles próprios reuniram-se para avaliar o seu desempenho durante o primeiro ano de actividade e acharam que a avaliação era positiva.
E isto recorda-me, meu caro amigo, que desde a morte de Samora Machel nunca mais ouvi falar de uma avaliação negativa da actuação do Governo.
No tempo dele éramos chamados, de vez em quando, à praça pública onde o ouvíamos criticar duramente, este ou aquele ministro, este ou aquele governador ou director nacional.
Mas essa prática parece ter morrido, também, em Mbuzini.
A partir dessa data vemos sempre pessoas com ar risonho e auto-satisfeitas a dizer que foi feita uma avaliação e ela foi positiva.
Isto num país governado por esses dirigentes tão positivos, há dezenas de anos, e que está no estado em que está.
Pelo contrário, quando a avaliação positiva não vem dos próprios mas sim da população que é servida pelos órgãos que eles dirigem, as coisas parecem já não correr tão bem.
Veja-se o caso dos Correios. Aqui há uns anos estavam num estado caótico, as cartas não chegavam, ou eram violadas, os roubos eram constantes, um mau aspecto geral das instalações.
Entretanto foi nomeado para director Benjamim Pequenino e, rapidamente, as coisas começaram a mudar para melhor.
Eu, pessoalmente, uso bastante os serviços dos Correios, para receber e enviar correspondência. Pois notei que essa correspondência passou a chegar, a tempo e horas, sem ser violada nem roubada.
A sede da empresa foi pintada e está limpa e os funcionários são atenciosos.
E, por cima disto tudo, dizem-me que a empresa dá lucros para o Tesouro Nacional.
Pois ouvi agora que o Conselho de Ministros achou por bem retirar a Benjamim Pequenino a direcção da empresa. O pretexto foi que tinha terminado o seu mandato.
Ora quantos directores de empresa vemos nós permanecerem no cargo, apesar de os sectores que dirigem irem de mau a pior? Conta-os tu, meu caro Jesuino, que eu não tenho paciência para isso.
É verdade que Benjamim Pequenino tem uma má característica negativa e uma péssima característica positiva. A primeira é não ter um cartão do Partido FRELIMO. A segunda é ter um cartão do Partido RENAMO.
E, muito provavelmente, foram estas duas características que ditaram a sua saída do lugar que, tão competentemente, parecia estar a ocupar.
E isto nos mostra, meu bom amigo, que é a fidelidade partidária e não a competência e honestidade que determinam as nomeações em órgãos que são do Estado e não dos partidos.
E assim não se vai longe.
Por muito que as avaliações, feitas pelos próprios, continuem a ser positivas.
Um abraço para ti, Jesuino, do
Machado da Graça
CORREIO DA MANHÃ (Maputo) – 16.02.2006
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