O PARTIDO Frelimo, a nível da cidade de Maputo, denunciou ontem as manhas que estão a ser protagonizadas pela Renamo na capital do país, caracterizadas pelo desdobramento dos seus membros pelos distritos municipais, bairros e quarteirões para criação dos chamados "grupos 300", ou seja aglomerados de 300 famílias, chefiados por um representante.
A formação política no poder acusa, igualmente, a "perdiz" de estar a empreender uma acção concertada junto das residências da Universidade Eduardo Mondlane, onde cartazes do maior partido da oposição circulam ou são colados nos quartos dos estudantes.
A denúncia vem contida num relatório das actividades desenvolvidas pelo secretariado do comité da cidade no período de Janeiro a Julho do ano em curso. Muito embora a situação política na cidade capital seja descrita como sendo estável, positiva e favorável ao partido no poder, onde a sua presença e trabalho se fazem sentir em todos os distritos municipais, bairros e quarteirões, nos últimos tempos, a Renamo tem estado a desdobrar-se em brigadas para difundir o seu plano de acção e procurar uma maior influência junto daqueles aglomerados populacionais, através da criação dos chamados "grupos 300", para 300 famílias.
O documento refere ainda que a situação que se vive na Universidade Eduardo Mondlane não é encorajadora, pois informações que chegam aos órgãos do partido dão conta de alguma acção concertada da Renamo, em particular a nível das residências, caracterizada pela publicação de cartazes nos quartos dos estudantes.
"Este facto constitui desde já uma razão para uma maior atenção e trabalho do nosso partido para contrapor esta realidade", considera a fonte. Membros do comité da cidade, militantes aos diversos níveis e simpatizantes da formação política no poder analisaram ontem, em sessão ordinária daquele órgão, diversos aspectos da vida da capital do país.
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sábado, agosto 05, 2006
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1 comentário:
Não compreendo se publicacão de cartazes de um partido nas residências de estudantes universitários é algo democraticamente preocupante. O mais preocupante não seriam células partidárias nas instituicões públicas?
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