A REABILITAÇÃO, ampliação e modernização das infra-estruturas aeroportuárias nacionais vai custar cerca de 135,5 milhões de dólares norte-americanos durante os próximos dois anos.
Entre as infra-estruturas a serem abrangidas pelo processo destacam-se os aeroportos internacionais de Maputo e Beira e os nacionais de Pemba, Quelimane, Tete, Vilankulo e Ponta de Ouro.
Dados apurados pelo nosso Jornal à margem dos trabalhos do XXV Conselho Coordenador do Ministério dos Transportes e Comunicações que hoje termina, na capital provincial da Zambézia, Quelimane, indicam que as obras consistirão na ampliação e remodelações do Aeroporto Internacional de Maputo e a extensão da pista do de Pemba. Contempla ainda a ampliação e modernização do aeródromo da Ponta de Ouro cujos trabalhos deverão arrancar em 2008 e a reabilitação dos aeroportos da Beira, Quelimane e Tete prevista para Janeiro do próximo ano.
O país tem, neste momento, 319 infra-estruturas aeroportuárias, das quais 19 pertencem à empresa Aeroportos de Moçambique, 229 campos de aviação, 10 são militares e 61 privadas.
Na frota está igualmente previsto um investimento na ordem de 120 milhões de dólares norte-americanos, dos quais 100 milhões serão aplicados na compra de aviões e os restantes 20 milhões na reestruturação.
Um documento do Instituto da Aviação Civil de Moçambique em nosso poder indica que na componente do reforço da capacidade financeira e institucional será feito um outro investimento na ordem dos 7,5 milhões de dólares.
Todo este volume de investimentos visa propiciar condições para o desenvolvimento do sector do transporte aéreo, por forma a responder às novas exigências do crescimento do sector. A aviação civil tem a necessidade de reactivar a formação de pilotos pela Escola Nacional de Aeronáutica, integrando as suas acções no programa quinquenal do Governo, preservação e manutenção dos campos de aviação evitando, deste modo, o seu parcelamento pelas autoridades comunitárias; harmonização dos aspectos ligados à pauta aduaneira, ratificação de alguns instrumentos jurídicos internacionais, cobrança de taxas de navegação aérea e definição de pontos de entrada para o país.
Entretanto, no quadro de recursos humanos, de acordo com dados apurados pela nossa Reportagem, o sector é constituído por 103 pilotos, 102 mecânicos, 145 pessoal de cabine, 33 pára-quedistas, 64 controladores de tráfego.
O património, em termos de aeronaves, é constituído por um total de 84 aparelhos, dos quais 21 aeronaves nacionais, 58 estrangeiros, um helicópetro nacional e quatro estrangeiros.
Muito recentemente, de acordo com o titular da pasta dos Transportes e Comunicações, António Munguambe, o Governo adquiriu dez viaturas de transporte de cargas para reforçar o programa-piloto de transporte na zona norte do país, mediante acordos a estabelecer. O referido programa visa aumentar a capacidade de resposta dos transportadores no manuseamento de carga diversa nas zonas rurais para os principais mercados do país e vice-versa.
Apesar do facto, António Munguambe referiu-se ao maior desafio que ainda se coloca no sector dos transportes fluviais, nomeadamente para o estabelecimento da ligação entre Quelimane e a sede distrital do Chinde, na província da Zambézia. As dificuldades que se apresentam no estabelecimento de ligações entre aqueles dois pontos, preocupam sobremaneira as autoridades governamentais, conforme assinalou o titular da pasta dos Transportes e Comunicações.
Fonte: Notícias (2006-08-18)
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