A UNIÃO Africana para a Salvação do Povo (UASP) condena, veementemente, o discurso belicista de certos partidos políticos e afirma que tanto em Moçambique quanto na região, já não há espaço para mais guerras.
José Nhamizinga, presidente daquela organização, indicou em declarações ao "Notícias" que as forças políticas que se digladiam devem encontrar plataformas de entendimento para que o povo moçambicano não viva sob o espectro da guerra.
A reacção de José Nhamizinga surge na sequência de alegações da cúpula da Renamo, na província de Sofala, segundo as quais a "perdiz" está preparada para responder com armas a uma alegada ofensiva militar relâmpago que está a ser preparada pelo Governo, contra as suas três guarnições aos locais onde estão estacionados os seus homens armados, na cidade da Beira e nos distritos de Cheringoma e Marínguè.
A Polícia, pela voz do seu comandante provincial, Zacarias Cossa, desmentiu qualquer plano para atacar as bases da Renamo, indicando que a missão das forças da lei e ordem é de criar condições para o bem-estar dos cidadãos.
O dirigente da USAMO refere que o momento que o país atravessa é de luta contra a pobreza absoluta e não de guerras que só atrasam o desenvolvimento nacional. "As provocações de parte a parte devem cessar porque em nada contribuem para o bem-estar dos cidadãos", disse Nhamizinga.
Num outro passo, o presidente da UASP referiu-se à necessidade de se enquadrar, com a maior brevidade possível, os remanascentes armados da Renamo ou nas forças da lei e ordem ou nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) para que o país desfrute de uma paz duradoira e sem quaisquer ameaças de retorno à guerra.
Sobre as deserções de membros da Renamo e de outros partidos da oposição para a Frelimo, a fonte afirmou tratar-se de obra dos dois principais protagonistas políticos. "Essa fuga de membros de um partido para o outro é obra da Frelimo e da Renamo", disse.
Relativamente a outras questões da vida política nacional, José Nhamizinga criticou o facto de o país não estar a apetrechar-se devidamente em termos militares, apontando, a título de exemplo, a falta de bases militares ou então a transformação das poucas existentes em aeródromos civis. Para o entrevistado, é mau pensar que a conjuntura política regional e internacional não permite a eclosão de conflitos. "Hoje estamos em paz, mas amanhã podemos estar em guerra. É assim: quem quer a paz que se prepare para a guerra", ironizou o presidente da UASP.
Noutro passo criticou a invasão do país por imigrantes ilegais, afirmando que estes vêm enriquecer a custa dos moçambicanos ante o olhar impotente de quem de direito. "Nós não deviamos permitir isso, porque põe em causa a nossa soberania", afirmou José Nhamizinga. Em todas as esquinas das principais cidades do país, segundo a fonte, existem muitos cidadãos estrangeiros a explorar o comércio, facto que se não fosse a dificuldade de obtenção de créditos, estaria a ser feito pelos próprios moçambicanos. "E como é que podemos falar de combate à pobreza absoluta nestes termos"? questionou a fonte.
Fonte: Notícias (2006-09-02)
José Nhamizinga, presidente daquela organização, indicou em declarações ao "Notícias" que as forças políticas que se digladiam devem encontrar plataformas de entendimento para que o povo moçambicano não viva sob o espectro da guerra.
A reacção de José Nhamizinga surge na sequência de alegações da cúpula da Renamo, na província de Sofala, segundo as quais a "perdiz" está preparada para responder com armas a uma alegada ofensiva militar relâmpago que está a ser preparada pelo Governo, contra as suas três guarnições aos locais onde estão estacionados os seus homens armados, na cidade da Beira e nos distritos de Cheringoma e Marínguè.
A Polícia, pela voz do seu comandante provincial, Zacarias Cossa, desmentiu qualquer plano para atacar as bases da Renamo, indicando que a missão das forças da lei e ordem é de criar condições para o bem-estar dos cidadãos.
O dirigente da USAMO refere que o momento que o país atravessa é de luta contra a pobreza absoluta e não de guerras que só atrasam o desenvolvimento nacional. "As provocações de parte a parte devem cessar porque em nada contribuem para o bem-estar dos cidadãos", disse Nhamizinga.
Num outro passo, o presidente da UASP referiu-se à necessidade de se enquadrar, com a maior brevidade possível, os remanascentes armados da Renamo ou nas forças da lei e ordem ou nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) para que o país desfrute de uma paz duradoira e sem quaisquer ameaças de retorno à guerra.
Sobre as deserções de membros da Renamo e de outros partidos da oposição para a Frelimo, a fonte afirmou tratar-se de obra dos dois principais protagonistas políticos. "Essa fuga de membros de um partido para o outro é obra da Frelimo e da Renamo", disse.
Relativamente a outras questões da vida política nacional, José Nhamizinga criticou o facto de o país não estar a apetrechar-se devidamente em termos militares, apontando, a título de exemplo, a falta de bases militares ou então a transformação das poucas existentes em aeródromos civis. Para o entrevistado, é mau pensar que a conjuntura política regional e internacional não permite a eclosão de conflitos. "Hoje estamos em paz, mas amanhã podemos estar em guerra. É assim: quem quer a paz que se prepare para a guerra", ironizou o presidente da UASP.
Noutro passo criticou a invasão do país por imigrantes ilegais, afirmando que estes vêm enriquecer a custa dos moçambicanos ante o olhar impotente de quem de direito. "Nós não deviamos permitir isso, porque põe em causa a nossa soberania", afirmou José Nhamizinga. Em todas as esquinas das principais cidades do país, segundo a fonte, existem muitos cidadãos estrangeiros a explorar o comércio, facto que se não fosse a dificuldade de obtenção de créditos, estaria a ser feito pelos próprios moçambicanos. "E como é que podemos falar de combate à pobreza absoluta nestes termos"? questionou a fonte.
Fonte: Notícias (2006-09-02)
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