A UNIÃO Nacional Moçambicana (UNAMO) realiza, em Outubro próximo, em Milange, província da Zambézia, o seu II Congresso que, essencialmente, se destina a preparar os desafios eleitorais. Carlos Reis, presidente daquela formação política, disse à Reportagem do "Notícias" que no encontro será discutida a posiçao do partido como uma força da oposição moçambicana que defende autonomização das províncias e governadores eleitos.
O II Congresso da UNAMO, formação política que já fez parte da coligação Renamo-União Eleitoral, decorrerá de 20 a 22 de Outubro em Milange e Carlos Reis afirma que nele serão debatidos temas "muito fortes" como a descentralização do poder e a irmandade do povo moçambicano do sul, centro e norte do país.
O presidente da União Nacional Moçambicana voltou a defender que a melhor governação para o país só pode ser empreendida com Estados federados. "O país vai embarcar na realização de eleições provinciais, no quadro da consolidação da democracia multipartidária. Por que não eleger os governadores provinciais?
O quadro actual mostra que eles não tém nenhuma autonomia ou poder de decisão. Estão fortemente dependentes do Governo central. Nós defendemos que é tempo de autonomizar as províncias e que os governadores provinciais passem a ser eleitos", disse.
Para Carlos Reis, a criação de Estados federados não se trata de nenhuma forma de dividir o país, mas sim de coerência com o povo moçambicano, deixando o egoísmo de lado. "Seja a Frelimo como a Renamo, quem optar pela posição de Estados federados será reconhecido e louvado pelo povo pela sua justiça. Estados federados é uma questão de justiça. Manter a política actual do Governo e o discurso de unidade nacional é enganar o povo", afiançou. Segundo a fonte, não haverá em Moçambique um Governo que conseguirá satisfazer os interesses ou necessidades do povo e empreender uma justa distribuição de riqueza.
"Eu estava muito convencido que o Governo de Guebuza iria conseguir corrigir as falhas que foram sendo cometidas pela Frelimo. Queríamos ver a justiça, a descentralização do poder, mas, infelizmente, não está a conseguir. O presidente da República possui um discurso muito positivo, mas esse discurso não está a produzir efeitos. Ele próprio não está satisfeito com os resultados, a julgarmos por aquilo que disse no recente Conselho de Ministros alargado. Os seus representantes ou a sua equipa não está a conseguir fazer o que ele defende, o que pode significar traição.
Ainda há, para mim, a ala do deixa-andar", comentou o líder da União Nacional Moçambicana. Carlos Reis afirmou, no entanto, que não será com demissões que tudo será resolvido ou controlado porque, na sua opinião, o deixa-andar está de tal maneira enraizado na sociedade que será difícil eliminá-lo. Disse haver muitas queixas e reclamações dos cidadãos sobre actuação da administração pública ou de seus agentes, mas na sua maioria elas não são atendidas como seria de desejar.
Questionado sobre a alegada transferéncia da sede nacional do partido para a província da Zambézia, sua terra natal, Carlos Reis afirmou que é naquele ponto do país onde possui projectos concretos cujos rendimentos servem para a sobrevivencia da UNAMO. "A sede nacional da UNAMO está em Maputo. Na Zambézia tenho projectos para sustentar o partido. Os que me acusam são pessoas que querem ser sustentadas pelo partido. Não querem trabalhar para alimentar o partido", disse Carlos Reis, ajuntando que o congresso de Outubro deverá eleger novos corpos directivos e discutir a formação de coligações eleitorais.
Sobre se está a considerar a hipótese de se recandidatar à liderança do partido, Reis afirmou que a formação política que dirige já possui muitos quadros formados que podem dirigir os destinos da UNAMO sem problemas. Sobre eleições provinciais em 2007, defendeu que elas sejam adiadas para 2008.
Fonte: Notícias (2006-08-22)
O II Congresso da UNAMO, formação política que já fez parte da coligação Renamo-União Eleitoral, decorrerá de 20 a 22 de Outubro em Milange e Carlos Reis afirma que nele serão debatidos temas "muito fortes" como a descentralização do poder e a irmandade do povo moçambicano do sul, centro e norte do país.
O presidente da União Nacional Moçambicana voltou a defender que a melhor governação para o país só pode ser empreendida com Estados federados. "O país vai embarcar na realização de eleições provinciais, no quadro da consolidação da democracia multipartidária. Por que não eleger os governadores provinciais?
O quadro actual mostra que eles não tém nenhuma autonomia ou poder de decisão. Estão fortemente dependentes do Governo central. Nós defendemos que é tempo de autonomizar as províncias e que os governadores provinciais passem a ser eleitos", disse.
Para Carlos Reis, a criação de Estados federados não se trata de nenhuma forma de dividir o país, mas sim de coerência com o povo moçambicano, deixando o egoísmo de lado. "Seja a Frelimo como a Renamo, quem optar pela posição de Estados federados será reconhecido e louvado pelo povo pela sua justiça. Estados federados é uma questão de justiça. Manter a política actual do Governo e o discurso de unidade nacional é enganar o povo", afiançou. Segundo a fonte, não haverá em Moçambique um Governo que conseguirá satisfazer os interesses ou necessidades do povo e empreender uma justa distribuição de riqueza.
"Eu estava muito convencido que o Governo de Guebuza iria conseguir corrigir as falhas que foram sendo cometidas pela Frelimo. Queríamos ver a justiça, a descentralização do poder, mas, infelizmente, não está a conseguir. O presidente da República possui um discurso muito positivo, mas esse discurso não está a produzir efeitos. Ele próprio não está satisfeito com os resultados, a julgarmos por aquilo que disse no recente Conselho de Ministros alargado. Os seus representantes ou a sua equipa não está a conseguir fazer o que ele defende, o que pode significar traição.
Ainda há, para mim, a ala do deixa-andar", comentou o líder da União Nacional Moçambicana. Carlos Reis afirmou, no entanto, que não será com demissões que tudo será resolvido ou controlado porque, na sua opinião, o deixa-andar está de tal maneira enraizado na sociedade que será difícil eliminá-lo. Disse haver muitas queixas e reclamações dos cidadãos sobre actuação da administração pública ou de seus agentes, mas na sua maioria elas não são atendidas como seria de desejar.
Questionado sobre a alegada transferéncia da sede nacional do partido para a província da Zambézia, sua terra natal, Carlos Reis afirmou que é naquele ponto do país onde possui projectos concretos cujos rendimentos servem para a sobrevivencia da UNAMO. "A sede nacional da UNAMO está em Maputo. Na Zambézia tenho projectos para sustentar o partido. Os que me acusam são pessoas que querem ser sustentadas pelo partido. Não querem trabalhar para alimentar o partido", disse Carlos Reis, ajuntando que o congresso de Outubro deverá eleger novos corpos directivos e discutir a formação de coligações eleitorais.
Sobre se está a considerar a hipótese de se recandidatar à liderança do partido, Reis afirmou que a formação política que dirige já possui muitos quadros formados que podem dirigir os destinos da UNAMO sem problemas. Sobre eleições provinciais em 2007, defendeu que elas sejam adiadas para 2008.
Fonte: Notícias (2006-08-22)
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