CERCA de 81 mil coqueiros, atacados pela doença do amarelamento letal, foram abatidos em Moçambique, como uma das formas de conter a propagação desta doença que ameaça dizimar os maiores palmares do país, nas províncias da Zambézia, no centro e Inhambane, no sul do país.
A medida foi ordenada pelas autoridades moçambicanas da área da Agricultura. Mariano Jonas, director provincial da Agricultura da Zambézia, disse que desde a sua eclosão, a doença já dizimou mais de 125 mil coqueiros, o equivalente a uma perda de cerca de 625 toneladas de copra, e continua a provocar danos nos distritos de Chinde, Inhassunge, Nicoadala, Namacurra, Maganja da Costa e Pebane.
Para conter a propagação da doença estão em curso operações de abate dos coqueiros infectados nestes distritos, ao mesmo tempo que decorre o processo de renovação/substituição do palmar destruído, usando 600 mil plantas gigantes verdes de origem nacional que têm mostrado alguma resistência à doença. Esta actividade que, segundo Mariano Jonas "é realizada pelo consórcio GTZ/Madal, está a beneficiar 1000 famílias dos distritos de Chinde e Inhassunge, uma zona em que estão a ser abatidos cerca de 20500 coqueiros afectados".
No quadro das acções de investimento para a contenção desta doença, Mariano Jonas acrescentou que foi seleccionado material nacional, no total de 1800 sementes de cocos, nas províncias de Cabo Delgado, Nampula, Zambézia e Inhambane, para serem testados e avaliar a sua capacidade de resistência. Com o mesmo objectivo foram também importadas da Costa do Marfim, 21 variedades, correspondentes a 7200 sementes de coco, a serem testadas em termos de resposta à tolerância/resistência a doença nas condições locais de Moçambique.
O director provincial da Agricultura disse que para se controlar a saída deste produto e evitar a contaminação doutras partes foram produzidos e colocados em locais estratégicos oito painéis gigantes, nomeadamente no aeroporto, terminais de autocarros, saídas e entradas para a província, para além de proibida a movimentação de coco grelado para fora da Zambézia. A fonte revelou que naquela parcela do país foram também registadas as pragas de morcegos, na preferia da cidade de Quelimane, a de gafanhoto gigante, nos distritos de Nicoadala, Mocuba e Mopeia e a lagarta invasora, em Mocuba e Namarroi que foram controladas através de combate mecânico, antes de afectarem o rendimento das culturas.
Fonte: Notícias
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