Presidente do CDU censura Máximo Dias
(Maputo) O PRESIDENTE do Congresso dos Democratas Unidos, (CDU) António Palange, sugere que futuramente a eleição de deputados para a Assembleia da República, seja feita nominalmente e não por listas, como acontece.
Palange reagia aos recentes pronunciamentos do secretário-geral do MONAMO, Máximo Dias, segundo os quais iria abandonar a coligação Renamo-União Eleitoral por ausência de estratégia política do grupo e do seu líder, Afonso Dhlakama. Amiúde, segundo a fonte, Máximo Dias tem vindo a terreiro acusar Dhlakama e a sua coligação de falta de estratégias e a ameaça abandonar a RUE, onde se encontra filiado desde a legislatura passada.
O presidente do CDU sugere ao deputado Máximo Dias para que deixe Afonso Dhlakama "em paz", e que se recorde que está na Assembleia da República, pela segunda vez, mercê da sua eleição em lista plurinominal apresentada pela mesma Renamo dirigida por Afonso Dhlakama. "É bom que Máximo Dias se lembre que a sua eleição foi com base na lista apresentada pela Renamo União-Eleitoral, liderada por Afonso Dhlakama. Portanto, ele diz sempre que vai abandonar, mas nunca abandona. Se ele quiser abandonar que o faça sem precisar de fazer barulho", disse Palange.
Segundo este político, ao ser eleito para representar o povo naquele órgão legislativo, não significa que foi por mérito próprio, "porque o povo nem sequer o conhecia como Máximo Dias". "Ele chegou ali na boleia da Renamo-União Eleitoral que apresentou uma lista que mereceu a confiança do eleitorado", precisou. Máximo Dias, presidente do Partido MONAMO-PSD e deputado pela bancada da Renamo União Eleitoral (RUE), foi esta semana citado pelo semanário "Domingo" a reiterar a sua posição de abandonar a coligação, por alegada falta de estratégia no seio do maior partido da oposição moçambicana. Esta não é primeira vez que Máximo Dias anuncia o seu desejo de abandonar a RUE. Na legislatura passada, ele acusou Afonso Dhlakama de ditador e falta de estratégia para vitória, muito embora tenha permanecido na coligação.
Fonte: Notícias
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