É em Cabo Delgado onde reside o maior número de antigos combatentes da Luta de Libertação Nacional. Nesta sua visita a esta província, não restam dúvidas que Armando Guebuza, que é igualmente o presidente da Associação dos Combatentes da luta armada de libertação nacional (ACLLN), desde o passado dia 25 de Abril, será confrontado com muitas situações que afligem esta agremiação.
É que desde a altura da sua criação, a 7 de Setembro de 1988, a associação tem vindo a criar expectativas, quer entre os seus membros, quer na sociedade moçambicana em geral. e hoje, Guebuza cria mais uma oportunidade para dialogar com os associados e verificar em que medida tais expectativas se estão a materializar. Na recente conferência nacional da ACLLN, a que elegeu Guebuza, presidente da associação, este lançou quatro desafios para a agremiação.
O primeiro, prende-se com a sua capacidade de integrar mais jovens, filhos de combatentes, nas diferentes actividades da associação. É que é a partir do ambiente familiar que eles têm vivido a epopeia da libertação e têm por conseguinte, uma valiosa contribuição a dar para a vitalidade da associação.
O segundo desafio tem a ver com uma maior participação da mulher combatente nas actividades da associação. A mulher moçambicana, seja ela camponesa ou urbana, tem dado mostras de bravura e valentia, desde os tempos da luta de libertação nacional. Hoje ela precisa de conquistar maior protagonismo na luta que se trava contra a pobreza em Moçambique. E esta associação revela-se uma base segura para buscar as forças e os ensinamentos que ela precisa para a sua afirmação e cada vez maior visibilidade no conjunto dos actores que produzem a riqueza, no campo e nas cidades.
O terceiro desafio prende-se com a capacidade de continuar a dar a contribuição para a materialização do que vem inscrito no Estatuto do Combatente e a valorização deste, das datas, locais e documentos históricos da luta de libertação nacional. Os resultados até aqui alcançados demonstram ser possível fazer um pouco mais e melhor. Com o apoio das instituições relevantes do Governo pretende-se acelerar o passo e de forma criativa encontrar as soluções para os entraves que ainda se colocam para a materialização desses anseios dos combatentes. Ao mesmo tempo precisa-se ter a capacidade necessária para se estabelecer parcerias que se revelem pertinentes para o alcance rápido desses mesmos anseios.
O quarto desafio tem a ver com uma maior participação dos combatentes na luta contra a pobreza e sua maior contribuição no combate contra os obstáculos ao desenvolvimento, nomeadamente o burocratismo, o espírito de "deixa-andar", a corrupção, o crime e as doenças endémicas como o HIV/SIDA, malária, cólera e tuberculose. São estes e outros desafios que se colocam hoje em frente a Armando Guebuza quando na sua presidência aberta tiver que falar com este grupo social. Entretanto, Armando Guebuza não só se vai se reunir com antigos combatentes, assim como, com quadros do partido Frelimo de que ele é presidente, população, empresários locais, líderes comunitários, entre outros que constam da lista de encontros que o estadista terá no decurso da sua visita a província de Cabo Delgado.
Fonte: Notícias
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