O PARTIDO de Ampliação Social de Moçambique (PASOMO), admite a possibilidade de poder vir a coligar-se com forcas políticas ainda não nomeadas, tem em vista as eleições para as assembleias provinciais de 2007, autárquicas de 2008 e legislativas e presidenciais de 2009, segundo revelou ao "Noticias", o seu presidente, Francisco Kampira.
Todavia, a fonte deu a entender que a sua formação política tem preferencias de juntar-se ou a Renamo- União Eleitoral, ou ao Bloco da Oposição Construtiva, liderada por Ya-Qub Sibindy. Mas tudo dependerá duma decisão que será tomada futuramente pelo Conselho Político em encontro a realizar-se ainda este ano. Kampira justifica a posição explicando que só unidos é que os partidos podem vencer todos os obstáculos, referindo-se a conquista de lugares no Parlamento, bem como a possibilidade de beneficiarem de fundos para as suas actividades normais. "Acreditamos que temos espaço na sociedade e o povo acredita em nós e unidos podemos chegar muito longe", disse.
Neste momento o PASOMO enfrenta uma crise financeira grave, sendo que mesmo a realização da reunião do Conselho Nacional, o mais alto órgão partidário, corre o risco não realizar-se em Janeiro próximo, segundo avançou o nosso entrevistado.
Trata-se de um encontro que foi convocado para o debate das estratégias de participação nas eleições que se avizinham, pelo que o seu possível adiamento constituiria um grande revés para a organização, ainda de acordo com Francisco Kampira. "Até agora ainda não temos esperanças de podermos conseguir um financiamento para a realização do encontro", lamentou, indicando que caso a situação prevaleça, será o Conselho Político Nacional, a decidir sobre as formas de participação nas eleições para as assembleias provinciais, autárquicas e gerais.
Ele informou que tanto o PASOMO quanto outras formações partidárias sem assento parlamentar, sempre beneficiaram do apoio financeiro de uma organização holandesa com a sigla MZM, que ainda este ano decidiu cortar com as doações. Pelo que deu a entender, este é um dos fortes motivos que vai levar o partido a optar a unir-se a outras formações políticas para poder assegurar a sua participação nos próximos pleitos eleitorais.
Nas eleições legislativas e presidenciais realizadas no nosso país em 2004, o partido liderado por Francisco Kampira só conseguiu angariar 15 mil votos, muito insuficientes para ultrapassar a fasquia dos cinco por cento, o necessário para se conseguir um assento na Assembleia da República.
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