Um estudo conduzido pela companhia sul-africana PriceWaterhouseCoopers (PWC) revela que a indústria de gás e de petróleo em África vai atingir o seu boom nos próximos anos, com Moçambique e Tanzania a serem os principais produtores caso os governos dos dois países atraiam mais investimentos para a área dos hidrocarbonetos.
O estudo indica que seis descobertas, num universo global de 10, foram feitas em 2013 em várias partes de África, havendo actualmente mais de 500 companhias já a explorarem os hidrocarbonetos.
As descobertas de reservas de gás natural em Moçambique e Tanzania farão com que o mundo passe a considerar a região da África Oriental como o principal produtor de petróleo e de gás a nível de toda a indústrria de hidrocarbonetos, de acordo com Chris Bredenhann, conselheiro daquela companhia.
Bredenhann referiu que o boom que se tem registado no sector já se traduz na angariacão de novos investimentos no continente africano, não obstante casos de corrupção e problemas relacionados com a falta de infra-estruturas e regulamentação.
Notou que transacções no sector de petróleo atnigiram, no ano passado, mil milhões de dólares.
O estudio salienta que África enfrenta ainda problemas relacionados com competição para atrair investimementos internacionais.
'Um grande obstáculo para o crescimento em Moçambique e Tanzania tem a ver com o custo de infra-estruturas necessárias', sublinhou Bredenhann.
Cerca de nove milhões de barrís diários de crude foram produzidos em 2013, dos quais mais de 80 por cento assegurados pela Nigéria, Libia, Argélia, Egipto e Angola.
A pesquisa Indica que Moçambique espera tornar-se num principal fornecedor de gás natural para o mercado asiático, ao lado Austrália, Estados Unidos e Papua Nova Guiné, logo que começar a exportar aquele recurso para aquela zona.
Indica ainda que as companhias internacionais, como a Eni, Chevron e a BP tem vindo a injectar seus investimentos na área do gás, descoberto na ultima década em África.
O estudo concluiu que as necessidades petrolíferas em África também irão crescer de forma significativa, nos próximos 20 anos, devido ao crescimento da população, urbanização e emergência da classe média, em vários países africanos.
Fonte: Folha de Maputo – 05.09.2014
Sem comentários:
Enviar um comentário