Pelo menos 16 membros do
Movimento Democrático de Moçambique (MDM), ficaram detidos e outros 3
condenados a 3 meses de prisão, sem direito a pagar caução, acusados de
práctica de ilícitos eleitorais nas primeiras duas semanas de campanha
eleitoral na província de Manica. O delegado provincial do MDM em Manica,
Inácio Maicolo disse que membros nas cidades do Chimoio, Gondola, Tambara,
Machaze, Mossurize e Sussundenga foram detidos.
Em Chimoio, 9 membros do MDM do
Bairro Nhamadjessa foram detidos, no último final de semana, acusados de
práctica de ilícito eleitoral, pelas autoridades policias, onde que até ao
momento se encontram encarcerados nas selas do comando provincial da PRM.
Maiocolo acusa a polícia em
Manica de estar a trabalhar em
coordenação com a Frelimo, com vista a intimidar as simpatizantes do MDM.
Para além das detenções e
condenações, o MDM queixa-se da destruição das suas sedes distritais em
Sussundenga, nas localidades de Rutanda, Mussapa e Munhinga e alguma das suas
bandeiras queimadas pelas autoridades governamentais ao nível destas regiões do
Pais.
Em resposta a uma acusação do
MDM, um líder comunitário de Rutanta e um chefe dos postos administrativos de
Munhinga respondem à processos na procuradoria distrital. O MDM acusa de líder
a equipe de membros do partido Frelimo que destruíram a sua sede e queimaram 4
bandeiras em Sussundenga.
O MDM, em um comunicado divulgado
ontem, disse que seu membro Eduardo
Manecas de Brito foi à polícia em Chimoio à 31 de Agosto para reclamar contra
membros da Frelimo que vandalizaram cartazes MDM. Manecas foi preso. Ele foi a
julgamento no dia 5 de setembro, tendo sido absolvido, uma vez que, o juiz não
aceitou as provas apresentadas - ou seja, não ficou provado que ele havia
quebrado os braços de dois membros da Frelimo em dois locais diferentes,
exactamente no mesmo momento. Ambos tinham certificados médicos.
Maicolo também afirma que na
cidade do Chimoio, o delegado do MDM do bairro Piloto foi espancado por membros
do partido Frelimo e não obstante, foi detido e condenado a 30 dias de prisão
efectiva e 1 mês de multa sem nem sequer ter-se apresentado provas do seu
envolvimentos nas escaramuças que envolveram os seus membros e do partido
Frelimo naquele Bairro.
Um outro caso, deu-se no distrito
de Mossurize, onde dois membro do MDM, foram espancados por membros da Frelimo
tendo causado ferimentos na cabeça de um dos membros, que chegou a levar seis
pontos no hospital local. O caso foi
apresentado a Polícia de Espungabera e até ao momento não se lavrou nenhum auto.
PRM confirma casos de detenções dos membros do MDM
Entretanto, o porta-voz do
comando provincial da Policia da Republica de Moçambique (PRM), Vasco Matusse,
confirmou haver casos de violência eleitoral ao nível da província de Manica,
onde o, MDM e a Renamo, sãos os partidos com mais detidos e condenados. Não
estamos para velar o comportamento de cidadão que se envolve em escaramuça
políticas, mas sim manter ordem no processo de caça ao voto nesta região” concluiu
De acordo com a fonte, para o
caso dos distritos de Sussundenga e cidade do Chimoio, onde que foram detidos
membros do MDM e chefes das localidades dos postos administrativos de Rutanta e
Munhinga, já foram lavrados os seus actos e encaminhadas as autoridades
competentes, com vista a apurar a veracidade dos factos e se possível julgar e
condena-los pelos crimes por eles praticados.
Fonte: Boletim sobre o processo
político em Moçambique Número EN 43 - 16 de Setembro de 2014
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