O MDM, terceiro maior partido moçambicano, acusou hoje simpatizantes da Frelimo, partido no poder, de terem colocado em risco a vida do líder do movimento, Daviz Simango, durante escaramuças entre membros das duas forças, na província de Gaza.
Num comunicado lido à imprensa, sem direito a perguntas, o chefe do gabinete eleitoral do MDM (Movimento Democrático de Moçambique) em Maputo, Venâncio Mondlane, acusou a Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique), de seguir uma estratégia de violência e ter colocado em risco a vida de Daviz Simango, durante uma acção de campanha em Gaza, sul do país.
"O ataque à caravana do engenheiro Daviz Simango foi brutal e com inquestionável intenção de colocar em risco a vida do candidato presidencial e dos acompanhantes, sendo que o pior não aconteceu pela pronta e rápida intervenção da segurança pessoal do candidato do MDM, conforme ilustram os registos audiovisuais captados pela imprensa que se encontra no local", disse Mondlane, referindo-se a cenas de violência ocorridas no distrito de Bilene, em Gaza.
Para o chefe do gabinete eleitoral do MDM em Maputo, os confrontos registados na Macia enquadram-se numa estratégia articulada pela Frelimo para inviabilizar a campanha da oposição em Gaza, um município onde o partido no poder sempre ganhou as eleições com margens folgadas.
"Este incidente não foi isolado e enquadra-se numa estratégia sequenciada e sistemática do partido no poder, que já se havia registado também em Chókwè", assinalou Venâncio Mondlane, enfatizando que "o MDM não vai retaliar e far-se-á pautar pela sua máxima de um Moçambique para todos".
Cenas de agressões e carros vandalizados, em confrontos entre membros do MDM e da Frelimo caracterizaram o primeiro dia de campanha de Daviz Simango na província de Gaza.
Em reação às acusações de estar a fomentar a violência em Gaza, a Frelimo considerou "actos isolados" os confrontos, declarando que os membros do partido têm pautado a sua conduta pelo respeito à lei.
Daviz Simango concorre com o candidato da Frelimo, Filipe Nyusi, e da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, Afonso Dhlakama, às eleições presidenciais de 15 de Outubro, que vão decorrer em simultâneo com as legislativas e assembleias provinciais, que contam com a participação de 30 partidos, coligações e grupos de cidadãos.
Fonte: LUSA – 24.09.2014
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