segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Educação recusa-se contratar professor por possuir dreadlock

Um cidadão de nome João Sualehe Afito, ou simplesmente Mele como é conhecido no meio artístico, sobretudo na promoção de música tradicional e acrobacia ao nível da província de Nampula, diz-se vítima de preconceito por parte da Direcção Provincial de Educação e Cultura por dispor de dreadlock.

Segundo ele, por pertencer ao movimento rastafári, foi impedido de assinar contrato para leccionar nas escolas públicas. Pertencente ao grupo cultural Casa Velha, Afito fez o curso de professorado no Instituto de Formação de Professores Primários na ADPP de Nacala-Porto. Depois de ter terminado o curso de professores, foi admitido para leccionar no ensino público, tendo sido chamado para assinar o contrato de trabalho, mas por possuir dreadlocks, vulgarmente conhecido por rasta, foi impedido de fazê-lo.

Em entrevista ao Jornal @Verdade, João Afito, mais conhecido por Mele, conta que no ano passado (2011) para receber a guia para leccionar. O nosso entrevistado avançou que no momento de assinatura do contrato teria sido obrigado a cortar os cabelos como um dos meios para levar guia.

Mele acusa o director-adjunto da Educação e Cultura na Direcção Provincial de Nampula de o ter obrigado a abandonar o rastafarismo. Inconformado com a situação, procurou a directora provincial, esta, por sua vez, encaminhou ao seu adjunto que também recusou a passar a guia, tendo Afito perdido o contrato.

O nosso entrevistado disse que foi informado que a Educação não contrata nenhum indivíduo que tenha o tipo de cabelo que aquele cidadão possui. “Peço que me ajudem. Sou professor formado e com qualificações adequadas, pois passei com 13 valores, o que muitos não conseguem obter e gostaria de dar aulas, mas que não venham me obrigar a cortar o cabelo”, disse Mele.

Mele disse não compreender porque é que foi autorizado a frequentar o curso de formação de professores e quando chega o momento de assinar o contrato é obrigado a cortar o cabelo. A indignação do professor formado no Instituto de Formação de Professores Primários da ADPP de Nacala-Porto é facto de o director ter dito que não se contrata alguém com aquele tipo de cabelo.

A nossa fonte disse estar a ser injustiçado e pede para que todo o cidadão moçambicano com formação profissional não se discrimine pela cor da pele, religião, formação política, entre outras questões.

Fonte: @Verdade - 20.02.2012

3 comentários:

Heyden disse...

Remove your dreadlocks temporarily, get your placement'papers', present yourself to your school, and put on your dreadlocks back. That is all. It is as simple as that!

Reflectindo disse...

As vezes é preciso ser esperto perante malandros.

Anónimo disse...

cialis cialis 20mg
costo cialis cialis generico
cialis cialis vademecum
vente cialis prix cialis en pharmacie