(Maputo) Cinco dias depois do arranque do processo da actualização e recenseamento de novos eleitores na cidade de Inhambane, para as intercalares de 18 de Abril, o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) local é acusado de estar a interditar os jovens não naturais da cidade de Inhambane de recensear. Para impedir o recenseamento de jovens, as brigadas de recenseamento exigem cartão de estudante, como condição única para os jovens terem acesso ao cartão de eleitor que os habilita a exercer o seu direito cívico e constitucional a 18 de Abril deste ano.
Esta informação é considerada pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), na voz do respectivo Secretário-Geral, Luís Boavida, como uma estratégia política montada pelo partido Frelimo para inviabilizar o processo eleitoral em Inhambane. Entende o MDM que o seu opositor na votação de 18 de Abril, tem em mente a má memória de Quelimane, em que a população jovem ditou a vitória de Manuel de Araújo e a derrota do candidato da Frelimo.Na verdade, falando à Rádio Moçambique, na manhã de ontem, o Director do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, José Pedro, justificou a exigência de apresentação de cartão de estudante pela necessidade de se aferir a residência habitual dos jovens.
Entretanto, soubemos, os jovens apresentaram Bilhetes de Identidade e outros documentos que atestam a residência habitual na cidade de Inhambane, mas debalde porque as autoridades eleitorais não aceitam recensear os jovens que em massa acorrem aos postos de recenseamento.
Entretanto, contactado na tarde de ontem pelo mediaFAX, o Director do STAE na cidade de Inhambane não aceitou abordar o assunto. Telefonicamente, aquele responsável eleitoral da cidade de Inhambane, ao invés de procurar esclarecer as circunstancias que ditaram a invenção de uma nova lei eleitoral para o recenseamento eleitoral, limitou-se apenas a dizer que não queria falar do assunto.
“Não sei do que está a falar. Não tenho nada a declarar em relação a este assunto. Não tenho qualquer informação em relação a isso. Não sei onde foram buscar isso. Eu trabalho na base da lei” – com este discurso repetitivo e estéril, nada mais fez o digno representante do STAE, senão desligar o seu telemóvel na cara do repórter
Fonte: Savana - 23.02.2012
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