As crianças das zonas rurais moçambicanas no pré-escolar têm mais 24 por cento de probabilidades de continuar os estudos e com melhores capacidades que as crianças privadas desse nível de ensino, refere um estudo do Banco Mundial.
Tomando como caso de estudo o programa de apoio à educação infantil em Moçambique implementado pela ONG Save the Children, a avaliação do Banco Mundial aponta que as crianças que começam o ensino no pré-escolar estão melhor preparadas do que as que entram mais tarde.
Tomando como caso de estudo o programa de apoio à educação infantil em Moçambique implementado pela ONG Save the Children, a avaliação do Banco Mundial aponta que as crianças que começam o ensino no pré-escolar estão melhor preparadas do que as que entram mais tarde.
"O baixo índice de saúde e problemas de nutrição, em simultâneo com um fraco estímulo mental nos primeiros anos de vida, resultará no adoecimento frequente e menos frequência escolar do que nas crianças inscritas em programas de educação, como o que a Save the Children está a implementar em Moçambique", refere a avaliação.
"O programa da Save the Children ajudou a construir Escolinhas, como são conhecidas as estruturas de ensino do pré-escolar, para cerca de cinco mil órfãos e crianças vulneráveis entre os três e os cinco anos, com a ajuda de voluntários das comunidades rurais moçambicanas", indica o estudo.
Pais de crianças inscritas no ensino pré-escolar têm mais 26 por cento de probabilidades de se dedicarem a uma actividade produtiva que os pais de crianças que não estudam, indica a pesquisa, orientada por Sophie Naudeau.
Por outro lado, os alunos que entram mais cedo na escola tem propensão para se interessar pela Matemática e escrita e demonstram respeito por outras crianças que as que ingressam mais tarde.
Comentando os resultados do estudo, a vice-presidente do Banco Mundial para África, Obiageli Ezekwesili, é citada na pesquisa a afirmar que o ensino pré-escolar tem um grande potencial para a promoção do ensino e aprendizagem e da saúde das crianças.
"Apelo aos governantes, especialistas, comunidades e famílias para capitalizarem programas como o da Save the Children, porque ajudam a quebrar o círculo vicioso da pobreza nas famílias", enfatizou Obiageli Ezekwesili.
Fonte: Rádio Mocambique - 14.02.2012
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