O líder do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, vai iniciar, sábado, um périplo internacional, com início em Portugal, para apresentar a nova formação política, disse à Agência Lusa um colaborador próximo do autarca da Beira.
Em Portugal, onde dará início à sua “ronda de contactos internacionais”, Daviz Simango será recebido por representantes do PSD e do PS, tendo também agendados contactos com o presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, com o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) e com os gabinetes do primeiro-ministro, José Sócrates, e do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Até quarta-feira, o presidente da câmara da Beira e recém-eleito líder do MDM terá encontros com empresários e com o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), Francisco Van Zeller.
Acompanhado pelos deputados "dissidentes" da RENAMO (oposição) Ismael Mussá e Agostinho Ussore, Daviz Simango participa ainda numa cerimónia que oficializa a geminação entre os municípios da Beira e de Sintra.
A mesma ronda de contactos institucionais e com partidos políticos repete-se nas paragens seguintes do périplo: Bruxelas, Haia, Roterdão, Estocolmo e Berlim.
Em Bruxelas, Daviz Simango fará uma intervenção no plenário do Parlamento Europeu intitulada “Uma nova visão para Moçambique”.
O regresso a Moçambique está previsto para 29 de Março.
Os promotores do movimento que levou Daviz Simango a reconquistar a presidência do município da Beira, na sua maioria personalidades descontentes com o actual rumo da RENAMO liderada por Dhlakama, acabaria por evoluir e transformar-se num partido político a que têm aderido muitas figuras de cúpula do maior partido da oposição (caso da líder da bancada parlamentar, Maria Moreno, e do porta-voz, Eduardo Namburete), cuja assembleia constituinte se realizou no último fim-de-semana.
De acordo com o porta-voz da nova formação política, Geraldo Carvalho, o MDM nasce com o propósito de se apresentar como uma alternativa política capaz de evitar que o enfraquecimento crescente da oposição, acentuado com o quase desaparecimento da RENAMO nas autárquicas de 2008, conduza a uma hegemonia da FRELIMO e Moçambique volte, agora por via eleitoral, “a ser um sistema monopartidário”.
Em Moçambique vão realizar-se este ano eleições Gerais (legislativas e presidenciais) e provinciais (a primeira eleição para as Assembleias Provinciais), ambas ainda sem data marcada.
Fonte: O País online
2 comentários:
Acho muito bem este periplo internacional. Nao precisamos de nos sentir ameacados. Nao compreendo a reaccao de muitos bloguistas ou comentaristas a esta viagem de D. Simango. Cada um tem direito a sua opiniao. Eu acho que esta viagem vai germinar frutos positivos. O MDM precisa de ser conhecido e os seus propositos divulgados na diaspora, precisam de angariar fundos para o movimento e trocar impressoes. Porque tanto medo? A Frelimo e os outros partidos tambem fizeram o mesmo, mesmo hoje, o orcamento do estado requer ajuda financeira estrangeira. Recorde-se que a Frelimo ascendeu ao poder a 25/6/1975. Orgulho para umas coisas, mas nao para outras? Ha aqui um paradoxo, ou é uma questao de conveniencias!!! Maria Helena
A degrissão da delegacão presidida por Daviz só ameaca a quem acha que o MDM descobriu um dos grupos alienados: a diáspora. Por outro lado, que o MDM está a construir amigos e não inimigos.
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