No domingo último foi morto por uma bomba o Chefe do Estado-Maior General deste pequeno país luso-africano, o coronel Tagmé Waie. Em menos de 12 horas, foi assassinado o Presidente da República, Bernado (Nino) Vieira.
Ainda não tenho detalhes sobre a morte de Tagmé Na Waie, mas tanto pela RPD Africa como pelos jornais já se falava de um atentado bombista contra ele. Quanto a Nino Vieira sabe-se através da imprensa que foi espancado antes da sua morte. “Foi baleado até à morte”, disse uma das fontes, sublinhando que “Nino” Vieira foi ainda “vítima de um golpe de catana em várias partes do corpo, incluindo a cabeça”.
O mais estranho nesta envergadura macabra é que parece querer-se dizer que o grupo de militares atacantes não foi ainda e nem é possível identificar. Muito estranho tratando-se de uma operação que levou horas, numa capital dum país, com militares, polícias e serviços secretos.
Porém, com guinenses nada surpreende. Se alguma vez surpreendeu, deve ser antes de 20 de Fevereiro de 1973, altura em que Amílcar Cabral foi assassinado. Embora no solo da Guiné Conacri, os assassinos de Amilcar Cabril fizeram quase a mesma coisa ao executar Cabral. Eles conseguiram penetrar no acampamento e residência de Amílcar Cabral, executaram-no e de lá sairam sem problemas. Há anos, um amigo meu guinense contou-me sobre a morte macabra de Cabral e eu retenho isso embora tenham passado muitos anos. Contou ele que Amílcar Cabral chegou de pedir aos seus assassinos para que se fosse algum problema no movimento PAGC que dirigia, o melhor era dialogar que matá-lo.
Mais ainda precisamos de conhecer a Guiné Bissau e isso é com gente que algo mais sabe daquele país irmão. Fiquei surpreendido com os adizeres do UmBhalane comentendo sobre o assassinato de Nino Vieira no Diário de um Sociólogo: “A Pátria de Amílcar Cabral, expoente máximo dos líderes que combateram pelas independências face a Portugal, há muito que só era anarquia, despotismo, corrupção, ajustes sistemáticos de contas entre grupos e grupelhos... Lembro o fuzilamento dos ex-militares Portugueses, após os acordos de paz, e a guerra ter terminado”. Fuzilamento de ex-militares portugueses foi com que princípio na Carta das Nações Unidas sobre os Direitos Humanos?
Coisas que se passaram no tempo, isto é nos últimos anos que não dão para esquecer, são os assassinatos dos generais Ansumane Mané e Veríssimo Correia Seabra.
Na Guiné Bissau há ajustes de contas negando-se o diálogo. Guiné-Bissau é um problema grande num país pequeno.
Ainda não tenho detalhes sobre a morte de Tagmé Na Waie, mas tanto pela RPD Africa como pelos jornais já se falava de um atentado bombista contra ele. Quanto a Nino Vieira sabe-se através da imprensa que foi espancado antes da sua morte. “Foi baleado até à morte”, disse uma das fontes, sublinhando que “Nino” Vieira foi ainda “vítima de um golpe de catana em várias partes do corpo, incluindo a cabeça”.
O mais estranho nesta envergadura macabra é que parece querer-se dizer que o grupo de militares atacantes não foi ainda e nem é possível identificar. Muito estranho tratando-se de uma operação que levou horas, numa capital dum país, com militares, polícias e serviços secretos.
Porém, com guinenses nada surpreende. Se alguma vez surpreendeu, deve ser antes de 20 de Fevereiro de 1973, altura em que Amílcar Cabral foi assassinado. Embora no solo da Guiné Conacri, os assassinos de Amilcar Cabril fizeram quase a mesma coisa ao executar Cabral. Eles conseguiram penetrar no acampamento e residência de Amílcar Cabral, executaram-no e de lá sairam sem problemas. Há anos, um amigo meu guinense contou-me sobre a morte macabra de Cabral e eu retenho isso embora tenham passado muitos anos. Contou ele que Amílcar Cabral chegou de pedir aos seus assassinos para que se fosse algum problema no movimento PAGC que dirigia, o melhor era dialogar que matá-lo.
Mais ainda precisamos de conhecer a Guiné Bissau e isso é com gente que algo mais sabe daquele país irmão. Fiquei surpreendido com os adizeres do UmBhalane comentendo sobre o assassinato de Nino Vieira no Diário de um Sociólogo: “A Pátria de Amílcar Cabral, expoente máximo dos líderes que combateram pelas independências face a Portugal, há muito que só era anarquia, despotismo, corrupção, ajustes sistemáticos de contas entre grupos e grupelhos... Lembro o fuzilamento dos ex-militares Portugueses, após os acordos de paz, e a guerra ter terminado”. Fuzilamento de ex-militares portugueses foi com que princípio na Carta das Nações Unidas sobre os Direitos Humanos?
Coisas que se passaram no tempo, isto é nos últimos anos que não dão para esquecer, são os assassinatos dos generais Ansumane Mané e Veríssimo Correia Seabra.
Na Guiné Bissau há ajustes de contas negando-se o diálogo. Guiné-Bissau é um problema grande num país pequeno.
2 comentários:
Abomino qualquer tipo de violencia ou a pena de morte. Da forma que executaram Amilcar Cabral, tambem executaram Eduardo Mondlane, ambos democratas natos. A forma como N. Vieira foi executado ate me da arrepios. Qualquer pessoa tem direito a um julgamento justo e a cumprir a sentenca que lhe foi atribuida. Guine-Bissau parece estar sofrendo de todo o tipo de corrupcao e transparencia, violencia, falta de lei, trafico de droga, etc. Maria Helena
A situacão da Guiné Bissau é preocupante. Chega que temos a Somália perdida.
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