Uma rádio comunitária da província moçambicana de Inhambane, a Rádio Progresso, recebeu uma ordem de encerramento devido à alegada interferência do seu sinal com as comunicações do aeroporto local, noticia hoje o diário eletrónico MediaFax.
Embora esteja em funcionamento desde 1998 e sem registo de quaisquer interferências entre a sua frequência - 104.2 Mhgz - e as comunicações da torre de controlo do aeroporto de Inhambane, a Rádio Progresso recebeu, na sexta-feira, uma ordem de encerramento compulsivo emitida pelo Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM) com a justificação de que o sinal da emissora "está a obstruir as comunicações da torre de controlo com as aeronaves", segundo um comunicado do organismo citado pelo jornal.
Considerando que a decisão é "duvidosa" e que visa "calar" a emissora, o coordenador da rádio, Issufo Badru, lamentou, em declarações ao diário, que o INCM não tenha comunicado com mais antecedência a sua ordem de encerramento, uma vez que a estação vai falhar os compromissos publicitários que assumiu com os seus clientes.
A ordem de encerramento está a ser associada pela direcção da rádio ao arranque da campanha para as eleições presidenciais, legislativas e provinciais de 15 de Outubro.
"Pretendíamos fazer uma cobertura rigorosa, imparcial e independente. Pretendíamos dar espaço a todos actores do processo político, mas, infelizmente, mandaram-nos calar dois dias antes do início da campanha", disse o coordenador da estação.
De acordo com um relatório disponível no sítio electrónico do Fórum Nacional das Rádios Comunitárias de Moçambique (FORCOM), desde Outubro de 2010 até ao início deste ano, foram registados no país pelo menos oito situações de intimidação do poder político aos direitos de liberdade de imprensa em diversas rádios comunitárias moçambicanas.
Fonte: LUSA – 01.09.2014
2 comentários:
So em Moz isto acontece... O colono actual nao é de raca branco, e negro igual , arrogante, orgulhoso,... Enfim...
Até quando com esta vida? Encerrar uma estação emissora da rádio nãe é carimbar uma victória política, mas sim é provocar mais discontentamentos, pois, são mais focos de desemprego e de falta de oportunidades que surgem.
Será que ainda dá, resolver um só problema seu ou de tm grupo menor provocando muitos problemas (fome, nudes, miséria, discriminação política social e económica) a outros cidadão? Despertem, senhores antigos combatentes e militantes imbatíveis de poderes políticos, que estão a empobrecer a sociedade moçambicana e a economia do país. Não está mais quem falou...
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