terça-feira, novembro 12, 2013

Em clima de tensão, que estratégias movem Presidente de Moçambique?

Armando Guebuza atua em várias frentes, quer ao nível da sua sucessão ou da hegemonia da FRELIMO em Moçambique, segundo o analista Henriques Viola. Face às vozes contestatárias, Presidente faz ouvidos de mercador.

Em Moçambique os confrontos militares entre o exército e a RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana), a principal força da oposição, desencadeiam várias especulações sobre os objetivos do Presidente do país, Armando Emílio Guebuza, ao ordenar o ataque das suas forças às posições do partido liderado por Afonso Dhlakama.

Tanto os ataques como as sucessivas aquisições de equipamento militar acontecem em época de campanha eleitoral para as autárquicas de 20 de novembro. E até ao momento não se conhece o candidato da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), o partido no poder, para as eleições presidenciais de 2014.

A DW África conversou com o analista político Henriques Viola, do Centro de Estudos Moçambicanos e Internacionais, sobre a estratégia e objetivos por trás da conduta do chefe de Estado.

DW África: É do conhecimento público que há membros da FRELIMO que contestam algumas medidas do atual Governo. Acha que a atual tensão político-militar poderá desencadear algum tipo de desentendimento mais forte no seio do executivo ou do partido no poder?

Henriques Viola (HV): Na verdade, a FRELIMO está a viver, há muito tempo, uma dicotomia de opiniões que, às vezes, dá a imagem de que possíveis fraturas internas possam levar a uma possível cisão. O principal problema, neste momento, do ponto de vista das diferenças internas dentro do partido FRELIMO, tem que ver essencialmente com o facto de Armando Emílio Guebuza não ter apontado ainda o seu sucessor. Ler mais

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