Ecos da cimeira da UA
Dois dias depois do término da 18ª da União Africana, o ministro moçambicano dos negócios estrangeiros e cooperação, Oldemiro Baloi, diz que houve países não africanos que mostraram interesses pessoais.
O ministro dos negócios estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, manifestou-se indignado com a “ingerência estrangeira” na cimeira da União Africana, que culminou com a não eleição do presidente da Comissão Africana.
De acordo com a Agência de Informação de Moçambique, AIM, Baloi insurgiu-se contra a interferência estrangeira na eleição, sugerindo que essa poderá ter sido a razão pela qual Jean Ping não conseguiu obter os dois terços na quarta volta. Em circunstâncias normais, depois da desistência do candidato com o menor número de votos, seria normal a Cimeira apoiar o restante candidato.
Infelizmente, disse Baloi, isso não foi possível “porque sentimos que não se tratava de uma discussão entre africanos, e essa foi a razão pela qual Ping não ganhou na quarta volta”.
Baloi escusou-se a mencionar os países que estariam a interferir na eleição, mas a AIM apurou, junto de fontes moçambicanas e sul-africanas, que o embaixador francês na Etiópia estaria a fazer lobbies a favor de Jean Ping.
“Não posso mencionar o nome do país”, disse Baloi, “mas houve interferência externa, não apenas na eleição, mas também em alguns dossiers em discussão, tais como a questão do Madagáscar”. Baloi acrescentou que a este tipo de interferência não constitui uma novidade, mas os líderes africanos estão preocupados com esta situação.
Questionado se a SADC iria submeter um candidato para a presidência da Comissão na Cimeira do Malawi, Baloi disse esta ser uma decisão ainda por tomar. “Vamos ponderar se a SADC vai apresentar um candidato”, disse
Fonte: O País - 01.02.2012
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