Afonso Dhlakama vs Paul Fauvet
Segundo o Savana, Dhlakama está muito revoltado com a atitude de Dom Jaime, pois “depois da Frelimo expulsar todos os católicos do país, foi graças à Renamo que a Igreja Católica voltou a proferir o nome de Deus nesta pátria, e hoje o arcebispo se esqueceu e atenta contra o seu salvador”.
Paul Fauvet reagindo às afirmações de Afonso Dhlakama diz (ler aqui): “A história é fictícia. Aproximadamente 25 por cento de Moçambicanos são católicos, e Frelimo nunca fez nenhuma tentativa de expulsá-los. As catedrais católicas em Maputo e em outras cidades continuaram a funcionar ao longo do período do um estado do partido. E quando o presidente Samora Machel realizou uma reunião com os dignatários religiosos em 1980 para discutir relações do igreja-estado, era Goncalves que conduziu a delegação católica.”
Nesta história Afonso Dhlakama exagerou sem dúvidas. Falar de todos os católicos terem sido expulsos, é mesmo um exagero. Houve alguns padres expulsos sim, mas não foram todos católicos. Também neste caso Dhlakama podia ter falado de religiosos perseguidos, então, teriamos o caso dos testemunhas de Jová como um dos mais repugnante da Frelimo marxista-leninista. Mas também não há dúvidas que os mais alvos da Frelimo foram os católicos que viram as suas igrejas fechadas.
Um outro caso relevante é que o governo da Frelimo dissiminuou publicamente e em comícios populares que a religião era ópio do povo, que Deus não existia como se a crença não fosse uma questão individual e um dos direitos humanos. Era um discurso do partido marxista-leninista. Houve ataques à religião que hoje só um defensor do marxismo-leninismo pode negar.
Apesar de Paul Fauvet falar das catedrais que continuaram a funcionar em Maputo e noutras cidades, muitas igrejas nas antigas missões católicas foram fechadas e em muitos casos usadas para fins não religiosos. Apenas como exemplos, o Seminário Nossa Senhora da Fátima transfora-se em escola do partido (Frelimo) e no centro internato onde fui director, a igreja foi dormitório. Se Paul Fauvet não quisesse generalizar a relação entre a Igreja Católica e o governo da Frelimo no período imediatamente à independência, tinha que apontar este facto histórico.
Um outro caso é o comentário de Paul Fauvel em relação a reunião de Samora Machel com os representantes das seitas religiosas, em 1980 (na verdade ela foi realizada em 1982). Se bem que Fauvet diz que D. Jaime foi chefe da delegação da igreja católica, omitiu as principais razões daquele encontro. Foi uma reunião de manipulação política às confissões religiosas na Beira, em 1982 e a necessidade nasce devido à expansão da guerra civil por quase todo o território mocambicano.
Deste facto, Afonso Dhlakama tem razão embora peque pelo facto de ele não dizer que D. Jaime lutou da sua maneira pela liberdade religiosa, paz e reconciliação. Essa luta provou-se ainda no encontro da Beira entre o Samora Machel e as confissões religiosas quando o discurso lido por D. Jaime apelou para a paz, diálogo e reconciliação. Paul Fauvet que tem se dedicado a ataques contra D. Jaime, sabe muito bem desse facto, mas infelizmente opta muitas por omitir.
O comentário de Paul Fauvet teve a intenção, com certeza, de dizer que houve houve pazes mesmo entre os primeiros governos da Frelimo e a religião, mas isso não é verdade.
Segundo o Savana, Dhlakama está muito revoltado com a atitude de Dom Jaime, pois “depois da Frelimo expulsar todos os católicos do país, foi graças à Renamo que a Igreja Católica voltou a proferir o nome de Deus nesta pátria, e hoje o arcebispo se esqueceu e atenta contra o seu salvador”.
Paul Fauvet reagindo às afirmações de Afonso Dhlakama diz (ler aqui): “A história é fictícia. Aproximadamente 25 por cento de Moçambicanos são católicos, e Frelimo nunca fez nenhuma tentativa de expulsá-los. As catedrais católicas em Maputo e em outras cidades continuaram a funcionar ao longo do período do um estado do partido. E quando o presidente Samora Machel realizou uma reunião com os dignatários religiosos em 1980 para discutir relações do igreja-estado, era Goncalves que conduziu a delegação católica.”
Nesta história Afonso Dhlakama exagerou sem dúvidas. Falar de todos os católicos terem sido expulsos, é mesmo um exagero. Houve alguns padres expulsos sim, mas não foram todos católicos. Também neste caso Dhlakama podia ter falado de religiosos perseguidos, então, teriamos o caso dos testemunhas de Jová como um dos mais repugnante da Frelimo marxista-leninista. Mas também não há dúvidas que os mais alvos da Frelimo foram os católicos que viram as suas igrejas fechadas.
Um outro caso relevante é que o governo da Frelimo dissiminuou publicamente e em comícios populares que a religião era ópio do povo, que Deus não existia como se a crença não fosse uma questão individual e um dos direitos humanos. Era um discurso do partido marxista-leninista. Houve ataques à religião que hoje só um defensor do marxismo-leninismo pode negar.
Apesar de Paul Fauvet falar das catedrais que continuaram a funcionar em Maputo e noutras cidades, muitas igrejas nas antigas missões católicas foram fechadas e em muitos casos usadas para fins não religiosos. Apenas como exemplos, o Seminário Nossa Senhora da Fátima transfora-se em escola do partido (Frelimo) e no centro internato onde fui director, a igreja foi dormitório. Se Paul Fauvet não quisesse generalizar a relação entre a Igreja Católica e o governo da Frelimo no período imediatamente à independência, tinha que apontar este facto histórico.
Um outro caso é o comentário de Paul Fauvel em relação a reunião de Samora Machel com os representantes das seitas religiosas, em 1980 (na verdade ela foi realizada em 1982). Se bem que Fauvet diz que D. Jaime foi chefe da delegação da igreja católica, omitiu as principais razões daquele encontro. Foi uma reunião de manipulação política às confissões religiosas na Beira, em 1982 e a necessidade nasce devido à expansão da guerra civil por quase todo o território mocambicano.
Deste facto, Afonso Dhlakama tem razão embora peque pelo facto de ele não dizer que D. Jaime lutou da sua maneira pela liberdade religiosa, paz e reconciliação. Essa luta provou-se ainda no encontro da Beira entre o Samora Machel e as confissões religiosas quando o discurso lido por D. Jaime apelou para a paz, diálogo e reconciliação. Paul Fauvet que tem se dedicado a ataques contra D. Jaime, sabe muito bem desse facto, mas infelizmente opta muitas por omitir.
O comentário de Paul Fauvet teve a intenção, com certeza, de dizer que houve houve pazes mesmo entre os primeiros governos da Frelimo e a religião, mas isso não é verdade.
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