Discursos racistas e tribalistas sob capa da Frelimo
O Nuno Amorim não me respondeu ainda as minhas perguntas e José sente-se mal, mas eu vou prosseguir com a série.
Este tipo de discurso está cheio no imensis embora geralmente feitos por um individuo e de vez em quando apoiado por um ou dois. Quem quer provar o que escrevo bastará seguir comentários às notícias que lá vão se colocando que não passará uma semana e no máximo duas sem presença dum discurso racista. Os discursantes não omitem que são membros ou simpatizantes da Frelimo.
Na antiga comunidade imensis, local de fóruns de discussão de diferentes assuntos, já tinha se tornado a praça de manifestações racistas, razão pela qual a administração daquele portal procurou controlar a situação exigindo registo aos seus utentes. Estranhamente os com discursos racistas eram membros ou simpatizantes da Frelimo e um português auto-declarado racista, ainda a exibir que era um cátedra.
A outra estranheza é de que os racistas, embora de extremos opostos nunca se atacavam entre eles. Por vezes até se elogiavam entre eles. Para eles, a solução da questão humana passava por uma África para os africanos, mas eles não explicavam quem eram africanos e onde terminava África se bem que textualmente, africano era por eles visto como um negro. Para o cátedra, Europa era para os europeus e negros que estivessem na Europa para servirem aos brancos.
Ainda no imensis, lembro-me dos ataques racistas a Mia Couto e Maria de Lurdes Torcato na discussão sobre o problema do Zimbabwe, em 2002. Os pontos de vista de Mia e Torcato foram racializados algo que me indignou e me alertou sobre racismo em Moçambique mesmo que em estado latente.
Discursos racistas foram também manisfestados no mocambiqueonline. Nos princípios de 2007 gerou neste fórum, uma acesa discussão basicamente racista. O motivo não era nada mais do que o artigo de Machado da Graça sobre a confusão que muitos dirigentes fazem entre o partido Frelimo e o Estado. O debate foi duro e mereceu destaques no Savana por algum período. Eram jovens fazendo-se passar do partido Frelimo para uma manifestação racista.
No Diário de um sociólogo, de Carlos Serra ataques basicamente racistas são visíveis, pelo menos para quem se interessa em fazer análise discursiva. Algumas coisas se não muitas que Carlos Serra escreve são racializadas nem que indirectamente. O que amaina o discurso racista é apenas por ele ter permanecido em Moçambique, mas o facto de ele ter acreditado a Frelimo do Machel não é atenuante. O “tipo” é branco. Nos debates no Diário de um sociólogo é de se ver a cor de pele de quem debate e o estranho é que quem assim faz é normalmente um membro ou simpatizante da Frelimo.
O Nuno Amorim não me respondeu ainda as minhas perguntas e José sente-se mal, mas eu vou prosseguir com a série.
Este tipo de discurso está cheio no imensis embora geralmente feitos por um individuo e de vez em quando apoiado por um ou dois. Quem quer provar o que escrevo bastará seguir comentários às notícias que lá vão se colocando que não passará uma semana e no máximo duas sem presença dum discurso racista. Os discursantes não omitem que são membros ou simpatizantes da Frelimo.
Na antiga comunidade imensis, local de fóruns de discussão de diferentes assuntos, já tinha se tornado a praça de manifestações racistas, razão pela qual a administração daquele portal procurou controlar a situação exigindo registo aos seus utentes. Estranhamente os com discursos racistas eram membros ou simpatizantes da Frelimo e um português auto-declarado racista, ainda a exibir que era um cátedra.
A outra estranheza é de que os racistas, embora de extremos opostos nunca se atacavam entre eles. Por vezes até se elogiavam entre eles. Para eles, a solução da questão humana passava por uma África para os africanos, mas eles não explicavam quem eram africanos e onde terminava África se bem que textualmente, africano era por eles visto como um negro. Para o cátedra, Europa era para os europeus e negros que estivessem na Europa para servirem aos brancos.
Ainda no imensis, lembro-me dos ataques racistas a Mia Couto e Maria de Lurdes Torcato na discussão sobre o problema do Zimbabwe, em 2002. Os pontos de vista de Mia e Torcato foram racializados algo que me indignou e me alertou sobre racismo em Moçambique mesmo que em estado latente.
Discursos racistas foram também manisfestados no mocambiqueonline. Nos princípios de 2007 gerou neste fórum, uma acesa discussão basicamente racista. O motivo não era nada mais do que o artigo de Machado da Graça sobre a confusão que muitos dirigentes fazem entre o partido Frelimo e o Estado. O debate foi duro e mereceu destaques no Savana por algum período. Eram jovens fazendo-se passar do partido Frelimo para uma manifestação racista.
No Diário de um sociólogo, de Carlos Serra ataques basicamente racistas são visíveis, pelo menos para quem se interessa em fazer análise discursiva. Algumas coisas se não muitas que Carlos Serra escreve são racializadas nem que indirectamente. O que amaina o discurso racista é apenas por ele ter permanecido em Moçambique, mas o facto de ele ter acreditado a Frelimo do Machel não é atenuante. O “tipo” é branco. Nos debates no Diário de um sociólogo é de se ver a cor de pele de quem debate e o estranho é que quem assim faz é normalmente um membro ou simpatizante da Frelimo.
14 comentários:
O camarada Amorim Bila ha ja muito tempo que vem comprometendo o nosso partido. Tivemos de correr com ele do programa da STV. Envergonhou-nos na crise da Ufics e ha muito que deviamos ter tomado medidas disciplinatres para evitar a vergonha que representa para todos nos. Acredito que o camarada presidente vai orientar o padrinho do Amorim, Edson para tomar as providencias.
Nas escolas aprendemos que o Uria Simango era reaccionario e era contra a presenca de brancos na luta armada. Estranhamente hoje comeca a ficar claro quem de facto era racista e reaccionario. Enquanto o MDM, partido do qual faz parte o filho do falecido Uria defende um Mocambique para todos sem discriminacao de raca, tribo ou religiao, aparecem agora camaradas frustados a questionarem a presenca de mocambicanos nao negros no MDM e a presenca de Ndaus tambem nesse partido.
Afinal de contas os verdadeiros racistas e tribalistas sao aqueles que assassinaram cobardemente o camarada Uria Simango e mantiveram-se no poder ate hoje e ate reproduziram pequenos racistas e tribalistas como o camarada Amorim Bila.
Bem dizia o saudoso camarada Samora que nao se deve deixar o crocodilo crescer e que de pequeno e que se deve torcer o pepino.
O camarada presidente deve tomar medidas urgentes para combater esses oportunistas antes que seja tarde.
Este senhor Amorim deve ser denunciado. Ele so sabe discutir pessoas e nao ideias.
Caro anónimo
Obrigado, você entendeu perfeitamente o que escrevo e até está revelando a última parte desta série.
Embora isso não caiba a mim estou a tentar a ajudar ao partido Frelimo a distinguir contribuições de seus membros, pois muitos são envenenados e podem pôr em causa à própria Frelimo. Um partido no poder pode cair numa desgraça somente devido ao comportamento de certos indivíduos. Em África temos muitos exemplos disso.
Mas se falamos de multipartidarismo também cabe aos partidos da oposição em não combater a Frelimo.
Brevemente vem a parte 3 desta série.
Lamento que discursos como de Nuno Amorim e Edson Macuácua coincindam com o que eu havia alertado no Debate e Reflexões de Jorge Saite.
Reflectindo acha mesmo que esse anonimo ee da Frelimo?
Caro anónimo,
Para bem dizer-te, não sei se o tal anónimo é da Frelimo ou não. Questionei-me antes, mas também podia explorar algo nele: nem todos membros e simpatizantes da Frelimo gostam de discursos e ataques racistas e tribalistas.
Não quero crer que discursos racistas e tribalistas sejam dos princípios da Frelimo.
Os ataques do tipo Nuno Amorim precisam de um estudo profundo. Embora eu saiba que o Prof Carlos Serra se tem dedicado aos discursos deste tipo, tenho dúvidas se muitos de nós prestam muita atencão. O facto de falta de prestacão de atencão em si, pode ser um ponto de partida para a análise.
Quem nao deve mesmo ser da FRELIMO e o auto intitulado Amorim porque a Frelimo sempre disse combater o racismo e o tribalismo e se ele fosse da Frelimo deveria ter estado na reuniao da Matola onde o presidente reafirmou o combate ao racismo, tribalismo e regionalismo. Sera que nao te lembras ou nao estiveste la?
O Camarada presidente e contra o Racismo e ha varios exemplos que provam isso: Dentre os gestores das suas empresas ele tem todas as racas, tribos e regioes. Na sua propria familia tem sobrinhos de varias racas e tribos. O mesmo sucedendo com a familia da sua esposa. Portanto, nunca poderia sofrer deste tipo de complexos doentios e mediocres. Ainda bem que eu sei que ele tem acesso daquilo que se discute neste blog em particular e ficara a saber sobre alguns ditos quadros do seu partido. Passe bem camarada Amorim porque desta vez as coisas de certeza que nao correram-te bem e os proximos tempos vao-se complicar ainda mais porque o voto nao tem racas e nem tribo e o nosso partido vai ter de descartar de pessoas que pensam como tu se de facto queremos continuar a ser um partido nacional e de todos os mocambicanos.
Sou contra qualquer forma de racismo ou tribalismo! Lutemos todos por estas causas! Maria Helena
Eu estou “pouco me lixando” se o Nuno Amorim é da Frelimo Renamo Pademo Monamo MDM ou seja lá oque for. Sua raça, côr da pele, orientação sexual não é da minha conta. Me interessa é a forma como ele se expressa. Como se esforça a estar certo. Como procura “monopolizar” o saber. Me impressiona a forma como só se interessa por questões que tenham a ver com a Frelimo, pela forma com procura “defender” a frelimo. O facto de assinar “orgulhosamente moçambicano” deixa-nos com aquela sensação que nós os outros, somos menos moçambicanos ou sei lá.
Bem oque acabo aqui de dizer é apenas oque penso e sinto acerca dos que Nuno Amorim escreve. Só isso nem, mas nem vou-me supreender se o camarada Nuno fizer disso qualquer coisa.
Ao Amigo Amorim so lhe restam duas possibilidades:
1-Reconhecer os seus erros e mudar portanto de atitude daqui para frente ou entao,
2-Refugiar-se no seu blog( voz da revolucao) onde mais ninguem senao ele proprio participa no debate de ideias.
Infelizmente ele adoptou a segunda opcao.Passe bem amigo Amorim e sucessos.
Claro, Nuno Amorim ao auto-intitular por "Orgulhosamente Mocambique" já era sinal de alguma tendência. No imensis existia um que assinava por "Meus antepassados" e era racista assumido.
Eu espero o bom senso de Nuno Amorim para explicar ao que ele conscientemente disse.
Infelizmente, e por motivos profissionais, andei algum tempo ausente. Mas foi bom porque dei espaço para que os censuradores (de tudo quanto seja contra ao MDM) aparecessem em peso.
Jonathan,
Indo pelo mesmo diapasão, estas a dizer que o Guebuza apelou aos quadros da Frelimo para saquearem os bens do estado?
Acho que falta de cultura de debate é dizer que os quadros da Frelimo reuniram-se para ouvir o seu presidente apela-los para o saque aos bens do estado. Esta frase não era chamada para o debate.
Reflectindo,
Estas livres para falares das tuas “verdades” sobre a Frelimo e deixa os outros livres para falarem das suas “verdades” sobre o MDM ou qualquer partido politico.
A sua luta titânica para censurar tudo que seja contra o MDM não terá sucesso.
Essa de te fazeres passar por anónimo camarada é original.
A diferença entre o discurso do Daviz e a prática prova-se com a composição da sua Primeira Vereação Municipal na Beira, a Composição da Comissão Política e do Conselho Nacional do MDM. Provavelmente será reforçada com a indicação do Secretário Geral.
Orgulhosamente Moçambicano
Nuno Amorim
Nuno Amorim, vou te responder na parte 3 da série. O que escreveste agora avança para essa parte.
Esse Amorim Bila, digo Nuno Amorim e uma autentica comedia. Leiam os comentarios dele sobre o facto de o MDM e a FRELIMO estarem no hi5 no blog do Carlos Serra. Ele aparece agora com um discurso de inclusao e de defensor de uma mocambicanidade multiracial e multi-etnica, Só visto...
Será que alguém sabe explicar-me porquê Armando Guebuza nos últimos anos comemora o dia dos trabalhadores fora da cidade de Maputo? Serao os efeitos do 5 de fevereiro?
Caros amigos,
Sou Luís Martini. Acadêmico do mestrado em Letras. Gostaria de saber de vocês como é o racismo em Moçambique.
Contato: luis.literatura@hotmail.com
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