O Movimento Democrático de Moçambique juntou-se ao coro de críticas que condena as duas emboscadas executadas pelas forças governamentais contra o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama e o assalto à sua residência na Beira. Lutero Simango, chefe da bancada do MDM, disse ontem no parlamento que os incidentes de Manica e da Beira são inaceitáveis em democracia e revelam que a reconciliação é quase inexistente. “Os incidentes organizados em Manica e na Beira mostram o apetite que existe em matar.”
O MDM criticou o uso da violência como instrumento do exercício da política. No seu discurso, o chefe da bancada parlamentar do MDM solidarizou-se com as famílias que perderam os seus parentes em diferentes incidentes militares.
Há relatos sobre vários jovens das Forças de Defesa e Segurança que perderam vida nas matas, na empreitada de caça a Afonso Dhlakama. Os corpos não foram entregues aos familiares e apodreceram nas matas, tendo o governo optado por ocultar tais mortes.
“Basta de usarem os nossos jovens como comida para canhões, levando muitos a mortes ocultadas nas matas deste país. Essas matas não devem servir de túmulo clandestino dos nossos jovens, devem ser locais de produção de comida para acabar com a malnutrição crónica a que estão sujeitas milhares e milhares de crianças. As nossas matas devem ser transformadas em locais de rendimento económico e não em cemitérios clandestinos”, disse Lutero Simango.
Fonte: CANALMOZ – 22.10.2015
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