sexta-feira, outubro 02, 2015

Sobre a Reintrodução de guias de marcha proposta por tal jovem jornalista (reedição)

Parece-me ser muito fácil manisfestar o desconhecimento da Frelimo por mais que se faça de membro desse partido. Andar por aí a propôr a reintrodução de guias de marcha é simplesmente uma revelação de desconhecimento de que ali há estrategas que esboçam tudo para se salvaguardarem no presente e no futuro. Talvez depois da passagem desses estrategas será possível assistir decisões não acauteladas como as do jovem que propõe a reintrodução de guias de marcha.

Sei que não reflectir bastante sobre o que os gurus da Frelimo estão a arrumar para “the next episode” algumas vezes tem sido a grande fraqueza dos partidos da oposição, mas duvidava que alguns dos ou muitos jovens que militam naquele partido, tenham mais problemas nisso.

Ora, sabe esse que roga a reintrodução de guias de marcha de como, quando e porquê elas foram banidas? Não seria melhor que estudasse a história para entender?
Näo seria bom que esse jovem e outros reflectissem sobre porque a Frelimo abandonou o política das aldeias comunais, da lei de chicotadas, da pena de morte, da reintrodução de regulados, os ditos centros de reeducação, dos princípios que regeu para a Constituição da República de 1990, de decretos sobre amnistia, de criação de leis bonitas, mesmo que ela não própria não as cumpra?

Feliz ou infelizmente, a Frelimo não é partido de Saddam Hussein, Hosni Mubarak ou Muammar Gaddafi que se deixaram a ser vítimas de suas próprias leis. Enquanto os jovens como este proponente e de grupo de choque contam com vitaliciedade da Frelimo no poder, os gurus desse partido já prevêm que um dia não estarão no poder e aí vão reivindicar o direito às leis bonitas, as leis muito humanas, que criaram ou contribuiram na sua criação e agora jazem nas gavetas.

Na verdade, em surdina, a Frelimo continua com a pena de morte por esquadões de morte ou asfixia, chicotadas ou outro tipo de tortura. Quando lhe convém pode exigir guia de marcha e abertamente mantém as suas células nas instituições, mas é consciente sobre os princípios de Estado de Direito Democrático. No dia que ela for para a oposição, será primeiramente ela a exigir o respeito pelos princípios de Estado de Direito Democrático. Aliás, não é por acaso, que a sua propaganda contra os partidos de oposição é gritando: esses democratas serão piores, etc. etc. como se ela mesma não havia prometido a construção de um estado democrático em Moçambique.


Finalmente, a menos que o tal jovem pense a reintrodução da guia de marcha fosse por decreto ministerial, os gurus da Frelimo nunca deixaria que a proposta passasse pela Assembleia da República onde há dois partidos da oposição.

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