Uma vez alguém me disse que Filipe Nyusi seria pior que Armando Guebuza.
Não acreditei e nem quero acreditar já que o me convence é o que observo. Vou
observando e não menos em dois pontos: PAZ e INCLUSÃO. Volto a história em que
me julgo narrador. A história da paz dos anos 80, como o acordo de Nkomati, a
amnistia pública, aquelas cenas de Jorge Costa, José Mascarenhas, irmãos Bombas
para lá e dezenas se entregaram cá ou são recuperados.
Deixem-me entender esta cena Nyusi. Quero entendê-la para eu não confundir
com as cenas dos anos 80. Os desse tempo já sabem e os que não o são que leiam do dossier Makwakwa ou outras obras que
narram esse passado.
Ainda não percebi, claro por causa da minha ignorância e sobretudo nessas
questões militares. Näo percebi do porquê não foi o Comandante-em- Chefe a
patentear os dois novos oficiais. Não tem sido assim?
Sou mesmo atrasado para não entender a cena? Foi uma ocasião de promoção ou
momento único para promover quem quer ser promovido a general, quem pula do
grupo da Renamo, etc? Se isto acontece no exército, o que podemos concluir
sobre as instituições públicas civis?
Da EMOCHM sairam os estrangeiros e confiam-se os nacionais. Agora? Agora? Assim a EMOCHM não morreu para sempre?
Dois Elementos das forças residuais da Renamo decidiram, voluntariamente,
integrar as Forças de Defesa e Segurança.
Manuel Lavemó foi promovido a Major nas Forças de Armadas de Defesa de
Moçambique enquanto Abílio Mukuepa ostenta a patente de Adjunto Superintendente
na PRM.
“Só se coça que sente comichão”. Foi com esta expressão que Abílio Mukuepa,
ex-guerrilheiro da Renamo, que fez parte da EMOCHM, foi hoje integrado e
promovido na Polícia. Mukuepa afirma não ter traído a Renamo uma vez que,
durante a permanência naquele partido, nenhuma perspectiva da vida era
delineada pela direcção da Renamo para os ex-combatentes. O Ex-combatente da
Renamo decidiu solicitar a integração. Mukuepa agora é Adjunto-Superitendente
da PRM.
O Comandante Geral da PRM recordou ao recem-membro as principais premissas
da corporação.
À semelhança da Polícia da República de Moçambique, as Forças Armadas
integraram igualmente outro ex-guerrilheiro da Renamo. Manuel Lavemó afirmou
que pretende mudar de vida. E Lavemó já se sente feliz pela nova etapa
sócio-profissional que atravessa.
O actual Major das FADM foi hoje patenteado pelo Chefe do Estado
Maior-General. Graça Chongo fez um repto, sublinhando as responsabilidades que
o esperam.
Os dois elementos faziam parte do grupo dos trinta e cinco provenientes da
Renamo que compunham a extinta EMOCHM. (TVM - 31.07.2015)
Ps: Sei, sei, sei mesmo que os bons analistas, os grandes intelectuais não
têm dúvidas. A partir deste episódio, vou reflectindo sobre o jogo de 2018 e 2019. Estou atento.
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