Finalmente, o projecto de aquisição de 40 autocarros para a empresa de Transportes Públicos Municipais de Nampula, que estava a registar uma série de constrangimentos, na sequência do cancelamento do contrato pela edilidade com a GWM, empresa vencedora do concurso lançado para o efeito, alegadamente por se ter provado que a mesma não é ilegível pelo First National Bank (FNB), instituição que iria alocar os fundos para a materialização desta iniciativa, acaba de ser concretizado.
Os novos autocarros têm capacidade para transportar entre 30 e 40 passageiros. O montante foi concedido a título de crédito no sistema leasing, com uma taxa de juro de 14,75 porcento a serem reembolsados em três anos.
De acordo com Maria Moreno, em representação do presidente do Conselho Municipal da Cidade de Nampula, o projecto resulta do cumprimento de uma das promessas constantes do manifesto eleitoral, que tem em vista garantir a melhoria da prestação de serviços aos munícipes no que tange ao transporte urbano, uma vez que os citadinos se queixam de que a frota actualmente existente não responde à demanda.
Os autocarros estarão sob gestão da Empresa Municipal de Transportes de Nampula, uma entidade autónoma criada para o efeito. A mesma terá a responsabilidade de gerar receitas para o pagamento de salários a mais de 100 trabalhadores recrutados quando esta instituição foi criada, assegurar a assistência técnica, a compra de combustíveis, bem como gerar lucros para a amortização da dívida.
Segundo Moreno, a aquisição dos 40 autocarros para a cidade de Nampula não significa que haverá taxas abaixo das que são aplicadas actualmente nos dois autocarros que são propriedade daquele município e em circulação. Tais veículos colectam, em média diária, 2.500 meticais.
Para além dos dois autocarros da edilidade, o transporte de passageiros a nível da cidade é assegurada pelos “chapas”. “Estamos cientes de que estamos perante um desafio de gerar lucros para assumir o compromisso de devolução do valor de empréstimo, daí que alguns autocarros serão colocados para a exploração de algumas rotas interdistritais ainda por identificar”, disse Moreno.
Refira-se que o projecto de aquisição dos 40 autocarros foi concebido em Abril de 2014, e culminou com o lançamento do respectivo concurso público, em que, dentre várias empresas, entraram na corrida a TATA, SOMOTOR, Técnica Industrial, Lda, GWM, entre outras, tendo saído vencedora esta última, do grupo General Auto. A mesma foi afastada na sequência de uma série de investigação efectuada pelo First National Bank (FNB) em relação à idoneidade da firma, tendo posteriormente se constatado a sua ilegibilidade, e escolhida a SOMOTOR, a segunda classificada no concurso.
Depois da rescisão de contrato, inconformada, a GWM intentou uma acção judicial contra o município de Nampula, que se encontra em processo de tramitação. A empresa iria fornecer autocarros para o transporte público de marca Yutong de 60 lugares, fornecidos pela Zhengzthong Yu Tong BsCo. Ltd, uma empresa chinesa tida como uma das maiores fabricantes de autocarros do continente asiático.
Fonte: @Verdade - 28.07.2015
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