A Renamo acusou a Rádio e Televisão de Moçambique de estarem a promover programas informativos, com um grupo de indivíduos denominado G40, indicados para exaltar a Frelimo e os seus dirigentes e diabolizar qualquer pensamento divergente do regime. A denúncia foi feita esta segunda-feira, durante a 83ª ronda de negociações com Governo.
De acordo com o Canalmoz, o grupo G40 aparece a fazer comentários ou análises de insulto à oposição e seus líderes, à sociedade civil e outras vozes contrárias às posições do partido Frelimo.
Segundo o mesma fonte, a perdiz exige que os cidadãos deixem de ser discriminados por não pertencerem à Frelimo.
Confrontado com essa situação, o Governo, através do seu negociador-chefe, José Pacheco, disse que a Renamo exige a revisão da Lei de Imprensa, a lei que regula as autoridades tradicionais e o Estatuto dos Funcionários e Agentes do Estado.
“Dissemos à Renamo que esses instrumentos existem e estão em vigor e, convidámos a ir revê-los, para vermos o que neles está mal, porque entendemos que a ideia de revogá-los pode criar um vazio legal”, afirmou o ministro.
Entretanto, Pacheco nega interferências do Governo nas linhas editoriais das empresas jornalísticas.
Outro exemplo apresentado pela Renamo, como constituindo partidarização do aparelho de Estado, foi que o reitor do Instituto Superior de Relações Internacionais (ISRI), Patrício José, durante o processo eleitoral convidou para aquela instituição o candidato presidencial da Frelimo, Filipe Nyusi, e não convidou igualmente outros candidatos, nomeadamente Afonso Dhlakama, da Renamo, e Daviz Simango, do MDM.
O executivo justificou-se alegando que no aparelho de Estado não existe partidarização e que as promoções e progressão são baseadas no mérito e não por filiação partidária.
Fonte: SAPO – 04.11.2014
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