segunda-feira, novembro 04, 2013

CNE admite adiar eleições nos municípios onde não houver segurança

O presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Abdul Carimo, admitiu hoje o adiamento das eleições municipais do próximo dia 20 nos municípios onde não houver condições de segurança, devido à instabilidade militar no país.
A estabilidade política e militar em Moçambique tem estado a deteriorar-se nos últimos dias, devido a confrontos entre o exército e homens armados da Renamo, principal partido da oposição, principalmente no centro do país, por causa de diferendos em torno da lei eleitoral.
Em declarações aos jornalistas, após anunciar o início, na terça-feira, da campanha eleitoral para as eleições autárquicas, o presidente da CNE admitiu a possibilidade de o escrutínio ser adiado nos municípios onde faltarem condições de segurança.
"Até agora, as condições de segurança estão lá, existem, mas se nos dias antecedentes à votação não houver condições de segurança ou acontecerem ataques, os eleitores não se sentirão seguros, estarão inquietos, e aí as eleições podem ser adiadas", disse Abdul Carimo.
O presidente da CNE afirmou que, por lei, assiste às comissões distritais eleitorais verificarem se estão preenchidos os requisitos para a realização das eleições.
"As comissões distritais de eleições das zonas municipais é que vão decidir se há condições para a realização das eleições. Se disserem que o processo avança, avança, se disserem que não, não se avança", afirmou Abdul Carimo.
As eleições municipais moçambicanas, as quartas na história do país, vão realizar-se em 53 municípios, 10 dos quais terão o escrutínio pela primeira vez, dado que ascenderam ao estatuto de município este ano.
Mais de 10 partidos e grupos de cidadãos vão participar no pleito, mas apenas a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira maior formação política moçambicana, vão concorrer em todos os municípios.
A Renamo não vai participar no escrutínio em boicote à alegada parcialidade da CNE a favor da Frelimo. 
Fonte: LUSA - 04.11.2013

1 comentário:

Anónimo disse...

Este resumo e tendecioso a RM e allafrica deram versoes objectivas evdetelhadas