A Polícia moçambicana (PRM) diz ser “demasiado cedo” avançar qualquer explicação sobre o assassinato, segunda-feira, do Director de Auditoria, Investigação e Informação das Alfândegas, Orlando José, ocorrido por volta das 19 horas locais num bairro suburbano de Maputo.
Orlando José, 38 anos de idade, foi assassinado algumas horas depois de falar a jornalistas sobre a apreensão de três viaturas de luxo (Range Rover, BMW e Mercedez-Benz) que haviam entrado no país sem pagar os direitos aduaneiros.
Além disso, José liderava a direcção responsável, conjuntamente com os Serviços de Investigação Criminal da PRM, pela apreensão, semana passada, de um total de 400 mil dólares norte-americanos que estavam na posse de um jovem libanês de 22 anos de idade.
Falando esta Terça-feira à imprensa, o porta-voz do Comando-geral da PRM, Pedro Cossa, disse ser “demasiado cedo” para avançar qualquer informação respeitante a este homicídio, já que a Policia e as Alfândegas ainda estão a investigar as motivações deste crime.
Cossa não estabelece, para já, qualquer relação entre o assassinato de Orlando José e a apreensão de dólares.
“Não quero estabelecer qualquer relação entre este caso e o outro… Não há ninguém que provou a relação entre este caso com o da apreensão dos 400 mil dólares”, disse Cossa.
Fonte: Rádio Mocambique - 27.04.2010
3 comentários:
Cossa disse o que é correcto dizer. Não há nenhuma relação entre um crime e outro até que se prove em contrário.
Eu bem dizia isso no Diário de um Sociólogo. Mais uma vez a verdade em meus pés. Tenho dito sempre que nada volta em mim sem resultados.
Ainda assim, não sei porque razão, há quem me ache de maluco. Malucos foram todos os filósofos, pior: à guilhotina.
Zicomo
Viriato,
Porquê tens certeza que é verdade que não nenhuma relação entre um crime e outro?
Se tiveres muita atenção vais ver que Cossa disse que não QUERIA estabelecer uma relação o que significa que ele concluiu que não havia relação. Eis a citacão: “Não quero estabelecer qualquer relação entre este caso e o outro… Não há ninguém que provou a relação entre este caso com o da apreensão dos 400 mil dólares”. Por outro lado, o autor do texto teve muito cuidado ao referir as afirmações do porta-voz da polícia.
1. Como eu escrevi lá no Diário de um sociólogo que esta declaração é própria da polícia. E o Viriato é polícia? Eu acho que não é.
2. Eu não descarto que na investigação a polícia seguirá as pistas dos dois crimes para ver se não HÁ relação. No fim dirá com a máxima certeza se há ou não alguma relação.
3. Aquele que tem certeza que nos prove "que não há relação entre os dois crimes".
Se eu não posso provar como é óbvio, então quem pode dizer que sim, também "que nos prove".
Zicomo
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