O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, vai participar num comício na Beira, centro de Moçambique, onde irá fazer um ultimato sobre a proposta de governo de gestão para o país, informou hoje o partido.
“O general Afonso Dhlakama orienta um comício sábado pelas 14 horas ao largo do edifício dos Caminhos de Ferro de Moçambique e vai dar o veredicto do futuro de Moçambique”, refere em comunicado a delegação Política de Sofala da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
Moçambique realizou eleições gerais (assembleias provinciais, legislativas e presidenciais) a 15 de Outubro passado, cujos resultados proclamados, e rejeitados pela oposição, dão vitória à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e ao seu candidato presidencial Filipe Nyusi, colocando a Renamo e o seu líder, Afonso Dhlakama em segundo lugar e o Movimento Democrático de Moçambique e o seu presidente, Daviz Simango em terceiro lugar.
Os resultados eleitorais foram validados a 30 de Dezembro pelo Conselho Constitucional moçambicano e, desde então, vários episódios se sucederam, desde a detenção, pela segunda vez, do porta-voz da Renamo, António Muchanga por incitação a violência, à alegada movimentação de forças militares, pelo Governo.
O maior partido da oposição moçambicana boicotou quarta-feira, 07, a tomada de posse dos 294 membros eleitos para as 10 assembleias provinciais e ameaçou seguir a mesma postura no início dos trabalhos do novo parlamento, dia 12, dois dias antes da tomada de posse do Presidente eleito, por não reconhecer os resultados das eleições gerais de 15 de Outubro e exigir a formação de um Governo de gestão como solução da fraude.
A Renamo ameaça igualmente promover desobediência civil e manifestações violentas, sem recurso a guerra, caso a Frelimo rejeite a sua exigência de formação de um Governo de Gestão. A Frelimo reiterou que não vai “tolerar ameaças” à paz.
Fonte: LUSA – 09.01.2015
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